As melhores «bocas» de Guy Roux - TVI

As melhores «bocas» de Guy Roux

Contundência do treinador do Auxerre em livro Contundência do treinador do Auxerre em livro, numa compilação das melhores frases.

Guy Roux é uma figura única no futebol mundial. Treinador do Auxerre desde 1961, em França é visto como um homem competente, com uma enorme mística, que consegue muitas vezes ultrapassar os políticos em índices de popularidade.

Na sua pequena cidade de 40 mil habitantes, onde sempre esteve, é visto ainda com mais importância. Comenta-se que ele é dono de metade de Auxerre e que tem enriquecido com a sua estadia no clube, para além de toda a gente assegura que manda mesmo mais do que o presidente Jean-Claude Hamel. Um coisa é certa, Roux faz questão em ganhar mais do que o jogador com melhor salário no plantel.

Mas o carismático técnico também é famoso pelas suas «bocas» contundentes, que ferem por vezes o sistema futebolístico e social. Pérolas que ficaram perpetradas para a eternidade através do livro «Les plus beax cartons rouges de Guy Roux». Albin Michel reuniu 200 afirmações, mas Maisfutebol deixa-lhe as 20 melhores:

  • «O futebol pode cansar-nos. Mas, sem ele, é pior: morremos. O futebol é a minha vida»
  • «Para ganhar uma competição europeia sou capaz de ir a Lourdes [n.d,r. local de peregrinação em França] de bicicleta! Oh! Não me arrisco nada...»
  • «À porta do centro de formação há uma fila de raparigas. São quinhentas. É fácil de encontrar uma boa namorada! Nós fazemos futebolistas, mas também homens!»
  • «Tenho um amigo que é um alto funcionário no Élysée [n.d.r. Palácio da presidência em Paris] que me diz várias vezes que sou mais popular do que o Presidente»
  • «Exemplo: tive um jogador (Corentin Martins) que me trouxe mil razões para explicar a sua partida e compreendia que se aborrecesse nos treinos (...). Seria mais simples para todos se tivesse dito que o seu salário, após os descontos, seria multiplicado por oito! Quando alguém nos propõe oito vezes mais para fazer o mesmo trabalho, não podemos recusar»
  • «Conto-vos que assinei o meu primeiro autógrafo há pouco mais de vinte anos, quando tinha quarenta e um. E, antes disso chegar, posso assegurar que vivia muito bem»
  • Os homens não são robôs, excepto quando entram na linha e os fazemos marchar»
  • «Não podemos fazer nada contra a barreira da idade (...). Mas se me arranjarem um bruxo que me tire vinte anos, estou disposto a pagar-lhe os serviços»
  • «O importante não sou eu. É a equipa, o clube. A propósito, estou a pensar impor, a partir da próxima semana, uma taxa aos jornalistas que continuem a perguntar sobre o meu estado de saúde»
  • «A selecção francesa faz 10 jogos por ano, o contrário do futebol no quotidiano. Já recusei o lugar de seleccionador... duas vezes e meia. O que gosto mais de fazer é tocar a bola todos os dias»
  • «Bernard Tapie exagera quando diz que o campeonato francês é nulo. Vou muitas vezes a estádios estrangeiros e, tirando as quatro ou cinco principais equipas dos grandes campeonatos, os clubes franceses não ficam nada atrás dos outros»
  • «Para o Auxerre o título mundial [da selecção francesa] foi uma catástrofe. Levaram-nos três jogadores durante dois meses (Charbonnier, Guivarc¿h e Diomède). Pagámos-lhe os salários, que ninguém nos desembolsou. Depois, perdemos dois (Guivarc¿h e Charbonnier). Quanto ao terceiro, tivemos que lhe dar férias. E não tivemos dez linhas de agradecimento da Federação por ter contribuído para a vitória»
  • «Ser treinador é trabalhar, sempre trabalhar... e saber fazer trabalhar... O seu único objectivo é fazer com que os homens evoluam, logo o clube...»
  • «Cada canto é uma fonte de emoções, como a comunhão durante a missa»
  • «Em Auxerre temos um ginásio que passámos a chamar «sala Cantona». É que a sua construção, que custou 10 milhões de francos, só foi possível graças ao financiamento por inteiro da transferência de Cantona para o Marselha»
  • «Alex Ferguson é como eu: rustico! Sou borgunhês por adopção. Não somos mundanos, apenas homens da terra»
  • «Os africanos têm a generosidade no coração da alma, um sentido colectivo que os Europeus perderam. São menos personalizados»
  • «Dizem normalmente que sou um bom organizador, mas por vezes minimizam-se os meus conhecimentos de futebol»
  • «Tenho a idade para me retirar, mas não o quero fazer. É um pouco como os artistas que continuam sempre em acção. Vejam Aznavour: tem 75 anos e continua em cena. Eu, considero-me também um artista que persegue a sua digressão. Para as despedias, é preciso esperar um poucos mais»
  • «Falaremos do nosso sucessor quando já não estiver cá!»
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