Câmara de Sines quer travar central da Galp - TVI

Câmara de Sines quer travar central da Galp

GALP

A entrada em força da Galp no sector eléctrico, apadrinhada pelo Governo para aumentar a concorrência à EDP, está ameaçada por um outro executivo, o da Câmara de Sines, que promete lutar com todos os meios ao seu alcance contra a localização escolhida.

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O terreno, junto ao actual terminal de gás de Sines, cita o «Diário Económico» dá enormes vantagens competitivas à Galp em relação às restantes centrais que serão construídas nos próximos anos.

No entanto, segundo Manuel Coelho Carvalho, presidente do Município, colide com os planos de expansão da cidade.

A Galp detinha o direito de utilização reservado do terreno desde 2000, através da Transgás Atlântico, que geria o terminal de abastecimento de gás por via marítima, e que constitui a única alternativa ao gasoduto do Magrebe.

Com os planos de expansão da capacidade de produção de energia eléctrica através de gás natural, já que o número de grupos produtores destas centrais vai duplicar nos próximos anos, o terreno destinava-se à construção de novos tanques de armazenagem, a acrescentar aos dois actualmente existentes.

No entanto, quando a Transgás passou para as mãos da REN, que gere as redes de transmissão de electricidade e de distribuição de gás, o terreno foi cedido à Galp. Em Agosto, invocando questões ambientais, o Governo decidiu mudar a utilização do terreno para a instalação da central de ciclo combinado da Galp, com capacidade para 800 megawatts.

A Galp, o Ministério da Economia, a REN e a Administração do Porto de Sines (APS) consideram a localização natural, até porque as vantagens ambientais, que se prendem com a possibilidade de utilizar a água do mar arrefecida pela expansão do gás quando sai dos tanques dos navios para arrefecer as turbinas, são igualmente uma das principais vantagens competitivas da central. Isto a somar à proximidade do terminal, que apenas exige algumas centenas de metros de gasoduto.

No entanto, outras fontes do sector referem que a capacidade do gasoduto, que serve igualmente de espaço de armazenagem, está próxima do limite máximo. Dado que se prevê a duplicação das necessidades de consumo de gás pelas centrais em construção, vai exigir uma maior utilização do abastecimento por via marítima.
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