Caixas Multibanco:  44 furtos desde 2004 - TVI

Caixas Multibanco: 44 furtos desde 2004

  • Portugal Diário
  • 22 fev 2006, 19:03

Os dados relativos à área da PSP indicam o distrito de Lisboa com o maior número de casos

As autoridades registaram, desde 2004, 44 roubos de caixas Multibanco consumados ou tentados, o último dos quais hoje, em Oliveira de Azeméis, de que resultou um morto e um ferido ligeiro, segundo fontes policiais.

Dados fornecidos à Agência Lusa pela Direcção Nacional da PSP na terça-feira indicavam um total de 43 casos a nível nacional desde 2004: três nesse ano, 33 em 2005 e sete desde Janeiro.

Na área de intervenção da PSP, registaram-se 11 destes 43 casos: dois em 2004, oito no ano passado e um este ano.

Os dados relativos à área da PSP indicam o distrito de Lisboa com o maior número de casos (quatro), seguido do Porto (dois), Leiria, Setúbal, Vila Real, Santarém e Braga, com um caso cada.

Quatro dos 11 casos registados pela PSP foram na forma tentada. A maioria das ocorrências verificou-se em áreas sob comando da GNR.

Os assaltantes usam, vulgarmente, veículos com tracção e força suficientes para arrastar a caixa ATM do local, através de cabos de aço ou um choque deliberadamente provocado com uma viatura pesada para remover o equipamento da estrutura de base.

Posteriormente utilizam várias ferramentas para abrir a caixa ou removem-na rapidamente para outro veículo.

Em Maio passado, a PSP de Peniche encontrou um cofre de um terminal Multibanco enterrado num terreno e em Fevereiro, também de 2005, a Polícia de Segurança Pública de Guimarães (comando de Braga) deteve um homem por este tipo de crime.

Também a Polícia Judiciária tem efectuado prisões, tendo detido dois homens nas imediações de Viseu no início do ano passado.

Contactada pela Lusa, a Sociedade Interbancária de Serviços (SIBS) que gere a rede de caixas Multibanco afirmou que a partir de 2005 se verificaram alguns assaltos a terminais da rede CA-MB, «em zonas localizadas de Portugal», sem especificar.

A SIBS confirmou que se assistiu nos últimos anos a um acréscimo destas situações, mas referiu que continuaram a ocorrer como «episódios ocasionais e sem qualquer relação entre si».

«O acréscimo destes episódios poderá ficar a dever-se, entre outros factores, à crescente globalização e à abertura das fronteiras, trazendo para território nacional grupos internacionais organizados, com métodos de actuação e recursos próprios», considera a SIBS.

De acordo com a SIBS, as zonas onde têm ocorrido estas infracções têm em comum o facto de serem mais isoladas e com menos movimento.

«Acresce que, tanto as instituições bancárias como a SIBS, dispõem de eficazes mecanismos de monitorização e controlo que permitem identificar este tipo de ocorrências e agir de imediato, sempre em total coordenação com as autoridades», sustenta a gestora da rede Multibanco.
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