Ex-cabo da GNR arrisca 25 anos de prisão - TVI

Ex-cabo da GNR arrisca 25 anos de prisão

  • Portugal Diário
  • 31 jul 2007, 10:17
O ex-cabo da GNR à chegada ao tribunal - Foto Paulo Novais para Lusa

É acusado, entre outros, de três crimes de homicídio qualificado

O ex-GNR de Santa Comba Dão, suspeito da morte de três jovens, poderá ser esta terça-feira condenado a 25 anos de prisão, caso o tribunal da Figueira da Foz dê como provados os crimes de que é acusado.

António Costa, 53 anos, responde por dez crimes, três de homicídio qualificado, três crimes de ocultação e um de profanação de cadáver, dois de coacção sexual na forma tentada e um de denúncia caluniosa.

A leitura do acórdão está agendada para as 15:00 de hoje, estando os cerca de 40 lugares da sala de audiências reservados a jornalistas e familiares das vítimas, estes últimos proibidos pelo tribunal de levar consigo objectos pessoais, por questões de segurança.

Telemóveis, garrafas de água, carteiras ou porta-chaves são alguns dos objectos sobre os quais versa a proibição. O tribunal pretende assim precaver eventuais problemas, nomeadamente pela reacção dos familiares das vítimas quando for conhecido o acórdão que poderá condenar à pena máxima de 25 anos de cadeia o ex-GNR de Santa Comba Dão.

Quando das alegações finais, o presidente do colectivo de juízes, Jorge Loureiro, alertou ainda os familiares das vítimas para a exiguidade da sala de audiências.

A pena máxima de 25 anos, em cúmulo jurídico, foi pedida na sessão reservada às alegações finais, a 11 de Julho, tanto pelo Ministério Público (MP) como pelos três advogados dos familiares das vítimas - Joana Oliveira, Mariana Lourenço e Isabel Cristina - alegadamente mortas por António Costa entre Maio de 2005 e Maio de 2006.

Já Carla Bettencourt, advogada de defesa do ex-GNR de Santa Comba Dão, afirmou na mesma ocasião que os direitos constitucionais do arguido foram postos em causa durante o julgamento e que este foi tratado como culpado pela comunicação social.

Argumentou ainda que não foi produzida «prova testemunhal cabal» sobre os crimes de que o militar reformado é acusado.
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