Gémeas luso-brasileiras no Santa Maria. Estado gasta 26 mil euros em cadeiras de rodas que família nunca mais levanta - TVI

Gémeas luso-brasileiras no Santa Maria. Estado gasta 26 mil euros em cadeiras de rodas que família nunca mais levanta

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  • 21 nov 2023, 20:05

Hospital ainda continua a ter despesas depois de ter pagado quatro milhões de euros em medicamentos

O Hospital de Santa Maria está há quase três meses à espera do regresso a Portugal das gémeas luso-brasileiras tratadas com o medicamento mais caro do mundo para lhes dar duas cadeiras de rodas que custaram 26 mil euros ao Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Além dos quatro milhões de euros gastos em 2020 nos medicamentos para a atrofia muscular espinhal, o hospital continua ainda hoje a ter despesas por ter aceite receber as gémeas que até aí viviam no Brasil, contra a opinião de todos os médicos do serviço de neuropediatria.

A polémica que envolve o nome do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e a suspeita de uma alegada cunha foi revelada há três semanas na TVI (do mesmo grupo da CNN Portugal).

O serviço de Medicina Física e de Reabilitação do Hospital de Santa Maria confirma agora que a compra das duas cadeiras com propulsor elétrico aconteceu a 1 de setembro de 2023, depois de um concurso público promovido pelo centro hospitalar de propósito para responder às necessidades prescritas às gémeas pelos médicos.

A família foi contactada por telefone pela empresa vencedora do concurso, mas como não está em Portugal, segundo o hospital, as cadeiras ainda não foram entregues por falta de novo contacto da família para agendar a entrega que terá de ser feita com as crianças, presencialmente, e um médico do Hospital de Santa Maria para garantir que as cadeiras de rodas se adequam às necessidades das gémeas.  

O serviço de Medicina Física e de Reabilitação acrescenta que não tem qualquer previsão para a entrega das cadeiras de rodas, que fonte oficial adianta que foram das mais caras já compradas por este hospital, não havendo memória, neste centro hospitalar, de outra família que tenha demorado tanto tempo a levantar os equipamentos de apoio pagos pelo Estado português.  

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