Federica Mogherini participou pela primeira vez numa sessão do Conselho, o órgão de decisão da ONU, convocada para discutir a cooperação entre as Nações Unidas e a União Europeia, quer em matéria política quer em missões de paz.
A alta representante da União Europeia para os Assuntos Externos e Segurança falou dos diferentes conflitos internacionais, entre eles os da Líbia, Síria, entre palestinos e israelitas, e as negociações com o Irão sobre a questão nuclear.
A Líbia vive um período de guerra civil na sequência da queda do antigo ditador Muammar Khadafi, em 2011, com dois governos, um em Trípoli, capital, e outro em Tobruk, a 1.500 quilómetros. Mogherini disse que é necessário repor a normalidade no país e que já não resta muito tempo, expressando depois o apoio ao enviado especial da ONU para o território, o espanhol Bernardino León.
«A Líbia precisa de um Estado unido e eficaz, e caso contrário reinará o caos.»
Numa sessão de quase três horas, que contou com a presença do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e com intervenções dos 15 membros do Conselho, a responsável salientou que «dentro de poucos dias, não semanas», deveria de haver um acordo de unidade na Líbia.
Federica Mogherini lembrou que a crise na Líbia está a ser aproveitada pelo grupo terrorista Estado Islâmico, que se expandiu para «milhares de quilómetros» de onde surgiu porque o país deixou de ter controlo sobre as suas fronteiras marítimas e terrestres.
«O terrorismo, os fluxos migratórios sem controlo, a estabilidade regional: um Governo de unidade na Líbia será vital para fazer frente a estes temas», insistiu a diplomata italiana.