Custo de vida sobe mais nas regiões empobrecidas - TVI

Custo de vida sobe mais nas regiões empobrecidas

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A inflação registada nas regiões Norte, Centro, Açores e Alentejo, em 2006, está acima do valor médio do país.

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Ou seja, os habitantes destas regiões mais pobres do país pagaram mais caro pelos bens e serviços, em comparação com os de Lisboa e Vale do Tejo, Algarve e Madeira.

Os aumentos salariais são, no entanto, calculados para todos de forma igual, independentemente da região onde vivem, adianta o «Jornal de Notícias».

Na prática, consoante a região, as actualizações dos salários reais são diferentes para trabalhadores do mesmo sector de actividade e do mesmo nível de vencimentos.

A forma como os aumentos são negociados penaliza duas vezes os habitantes do Norte, cujos salários (e poder de compra) são os mais baixos do país.

Por um lado, o facto de serem acordados em percentagem do salário significa que, traduzidos em euros, são menores para quem ganha menos do que para quem tem vencimentos maiores. Por outro, as actualizações levam em linha de conta a inflação nacional e não a de cada região.

Por isso, quem vive numa zona com inflação superior vê o salário «encolher», ou seja, consegue comprar menos bens e serviços com o mesmo dinheiro.

A inflação é apenas um dos factores tidos em conta na negociação das actualizações salariais, a par da produtividade e da situação económica das empresas ou do sector em causa, por exemplo, mas é uma das principais referências usadas por sindicatos e patrões.

Ora, o facto de os aumentos levarem em linha de conta a inflação média nacional e não a de cada região leva forçosamente a ganhos ou perdas de poder de compra diferentes consoante a região do país, ainda que dentro de um mesmo sector de actividade.
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