O acidente, que obrigou à ativação do plano de emergências químicas da Catalunha, ocorreu cerca das 09:45 locais (menos uma hora em Lisboa) no exterior de uma fábrica, quando se realizavam operações de carga e descarga de produtos químicos e, devido a causas desconhecidas, ocorreu uma mistura de vários materiais, causando uma explosão e uma nuvem tóxica.
A explosão, que provocou uma enorme nuvem de cor amarela avermelhada visível em toda a zona de Anoia, causou três feridos ligeiros – um trabalhador e dois transportadores -, que foram levados para o hospital de Igualada. Três bombeiros que acorreram ao local tiveram de receber assistência hospitalar, o que eleva para seis o número de feridos ligeiros.
A proteção civil de Barcelona ordenou o confinamento dos habitantes de Igualada, Vilanova del Camí, Ódena, Santa Margarida de Montbui e Jorba, incluindo os alunos das escolas dessas zonas. As instruções eram para que as pessoas fechassem as portas e janelas e não saíssem para a rua até nova ordem.
Várias corporações de bombeiros deslocaram-se para a fábrica e arredores, para garantir que não havia ninguém no exterior e realizaram inspeções aos esgotos para verificar se houve alguma fuga.
Também foi cortada a circulação de comboios e nas estradas de acesso ao polígono Les Comes, onde ocorreu o acidente, bem como um troço numa das principais estradas da Catalunha (a A-2, que liga Barcelona e Lleida).
A nuvem tóxica, provavelmente composta por ácido nítrico, não se dissipa pelas condições meteorológicas, já que apenas há algum vento e as nuvens altas e médias dificultam a dissolução dos gases, explicaram à agência noticiosa Efe fontes da proteção civil.
O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas disse à agência Lusa que «não há portugueses feridos ou envolvidos» na explosão.
«Estamos a acompanhar a situação através do consulado geral em Barcelona e a última informação que temos é que não há portugueses atingidos ou envolvidos, mas naturalmente estamos atentos», disse José Cesário à Lusa.
Cerca de três horas depois, a nuvem começou a dissipar-se e a restrição foi levantada para a maioria da população, mas continua a aplicar-se a bebés menores de três anos, grávidas e pessoas com mais de 70 anos, além de pessoas com dificuldades respiratórias.