Timor: GNR não está à procura de Gastão Salsinha - TVI

Timor: GNR não está à procura de Gastão Salsinha

  • Portugal Diário
  • 16 fev 2008, 12:43
Alfredo Reinado (EPA/Antonio Dasiparu)

Missão da força portuguesa «é outra»

O subagrupamento Bravo da GNR em Timor-Leste não está envolvido em qualquer operação contra os rebeldes que segunda-feira atacaram o presidente e o primeiro-ministro timorenses, afirmou o respectivo comandante, citado pela agência Lusa.

«Não, não é essa a nossa missão», disse o capitão João Martinho quando questionado pelos jornalistas se os 141 militares da GNR estavam envolvidos na operação de captura do grupo liderado até segunda-feira por Alfredo Reinado e que agora é comandado pelo ex-tenente Gastão Salsinha.

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«A nossa missão é garantir a segurança e a tranquilidade pública aqui em Díli», disse o capitão João Martinho, salientando que não recebeu «nenhum tipo de informação sobre o paradeiro» do líder do grupo que emboscou a coluna do primeiro-ministro, Xanana Gusmão, na estrada que liga Balíbar a Díli.

Gastão Salsinha, um ex-tenente das Falintil- Forças de Defesa de Timor-Leste, liderava o grupo de cerca de 600 peticionários que em 2006 foi afastado das forças de defesa e juntou-se mais tarde ao grupo de Alfredo Reinado, tornando-se no seu «número dois».

Na segunda-feira, enquanto Alfredo Reinado atacava a residência de José Ramos-Horta, Gastão Salsinha orientava a emboscada a Xanana Gusmão, em dois ataques que acabariam por provocar ferimentos graves no chefe de Estado mas deixariam ileso o primeiro-ministro.

No ataque à residência do presidente, Alfredo Reinado foi morto pela segurança, tal como o seu companheiro Leopoldino. Em consequência do ataque, o juiz que lidera o processo «Reinado» emitiu mais cinco mandados de captura, todos dirigidos a indivíduos não civis e onde consta o nome de Gastão Salsinha.

O juiz enviou aos comandantes das Forças de Estabilização Internacionais (ISF) e da Polícia das Nações Unidas (UNPOL) um despacho em que recordava a «urgência» do cumprimento dos mandados de captura.
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