Turistas portugueses retidos no Peru - TVI

Turistas portugueses retidos no Peru

  • Portugal Diário
  • 22 fev 2008, 23:05

Devido a greve que encerrou o aeroporto e parou o comércio

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Dois mil turistas, entre os quais 21 portugueses, continuavam hoje sem poder sair da cidade de Cuzco, principal atracção turística do Peru, devido a uma greve que encerrou o aeroporto e parou o comércio e os transportes públicos.

Fonte do gabinete do secretário de Estado das Comunidades disse à Agência Lusa que um grupo de 21 portugueses contactou quinta-feira a Embaixada portuguesa «manifestando preocupação» para conseguir voo de regresso a Portugal.

«Estavam bem», indicou a fonte, acrescentando que na quinta-feira o autocarro em que os portugueses seguiam para um passeio turístico foi apedrejado e teve de regressar ao hotel. Segundo a mesma fonte, os hotéis da cidade aconselharam os turistas a permanecerem na zona por razões de segurança.

A greve, de dois dias, começou na quinta-feira e termina hoje e visa protestar contra a lei que atribui concessões a empresas privadas para serem construídos serviços turísticos nas imediações de sítios arqueológicos e históricos.

Milhares de turistas esperavam, desde a madrugada de hoje, obter um voo de regresso aos seus países mas o Aeroporto de Cuzco foi encerrado na quinta-feira, depois de dois mil manifestantes se terem envolvido em confrontos com a polícia quando tentavam ocupar as instalações.

O vice-ministro dos Transportes e Comunicações peruano, Carlos Puga, admitiu que o aeroporto poderá manter-se fechado se persistirem as manifestações. A equipa de futebol Cienciano del Cuzco, que tem jogo marcado com o Flamengo do Brasil na quarta-feira, continua impedida de sair de Lima devido ao cancelamento de voos.

Várias estradas que ligam Cuzco a outras cidades do país, como Puno, Arequipa e Abancay, mantêm-se bloqueadas com pedras e as ligações ferroviárias em Machu Picchu foram suspensas no troço até Ollantaytambo.

A paralisação ocorre depois de uma violenta greve agrária nacional, que causou esta semana quatro mortos, sobre os quais o governo responsabiliza grupos radicais e «mãos estrangeiras».
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