«Acho que os dinamarqueses não estão bem a compreender as consequências do que acontece se a Dinamarca se juntar ao escudo de defesa antimíssil dos Estados Unidos. Se isso acontecer, os navios de guerra dinamarqueses podem tornar-se alvos dos mísseis nucleares russos.» e acrescentou: «Será que os dinamarqueses querem que os vejamos como inimigos?».
Ora, esta ameaça não foi bem acolhida pela Dinamarca, membro da NATO. A resposta chegou pelo próprio ministro do Negócios Estrangeiros dinamarquês, Martin Lidegaard, que, embora tenha considerado as declarações «inaceitáveis», admitindo que o embaixador «pisou o risco», colocou água na fervura, ao admitir que «não deseja que a questão, apesar de importante, suba de tom», como cita a Associated Press.
Até ao momento, não há conhecimento de algum encontro agendado entre as duas figuras políticas, a russa e a dinamarquesa, e a embaixada da Rússia recusou-se a comentar as declarações à AP.
Quem comentou o assunto foi Rufus Gifford, embaixador norte-americano naquele país do norte da Europa, afirmando que as declarações do homónimo russo «não inspiram confiança.
US stands w/ DK in condemning statements made by Russia's Amb to DK. Such statements do not inspire confidence or contrib to peace/stability
— Rufus Gifford (@rufusgifford) March 21, 2015
As relações diplomáticas entre a Rússia e a Dinamarca deterioraram-se no último ano devido às posições divergentes sobre o conflito ucraniano.