Droga: portuguesa presa reclama inocência - TVI

Droga: portuguesa presa reclama inocência

  • Portugal Diário
  • 23 out 2007, 10:54

Envolvida na apreensão de droga na Venezuela num avião da Air Luxor

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Presa há três anos na Venezuela por tráfico de droga, a portuguesa Maria Antonieta Liz, uma das passageiras do voo da Air Luxor onde foram detectados quase 400 quilos de cocaína, pede a Portugal para confirmar a sua inocência, informa a agência Lusa.

«Três anos depois e tudo na mesma. Nada se resolve e tenho muita pena que Portugal, realmente, não me dê uma ajuda. Continuo dizendo sempre o mesmo, mas é verdade: eu sou inocente», desabafou a portuguesa em entrevista na cadeia perto de Caracas onde cumpre a sentença de nove anos de prisão.

«Tenho tudo aqui (papéis do Ministério Público de Portugal) que diz que sou inocente e Portugal não me dá uma ajuda. Não compensa realmente ser cidadã portuguesa», sublinhou.

Maria Antonieta Parreira Amaral Liz, 55 anos, faz parte de um grupo de três portuguesas condenadas, a 15 de Dezembro de 2005, a nove anos de prisão por tráfico de droga, um caso pelo qual seis venezuelanos foram condenados a cumprir entre quatro anos e meio e nove anos de cadeia.

Em causa está a detecção, a 24 de Outubro de 2004, de cerca de 400 quilos de cocaína de alta pureza no porta-bagagem de um avião Citation X - propriedade da Tinerlines e fretado pela Air Luxor -, cuja tripulação impediu que fosse enviada para Portugal, por via aérea.

Documentos da Procuradoria-Geral da República de Portugal, a que a Agência Lusa teve acesso, revelam que a cidadã portuguesa «limitou-se a ser recrutada in extremis» para acompanhar uma amiga numa viagem à Venezuela: «Aceitou viajar, o que é sempre agradável e de difícil acesso ao comum dos cidadãos. Só isso. Os autos nada mais contêm, relativamente a ela».

«Meu Deus, eu já esperei três anos por um crime que nunca cometi na vida, nem cometeria nunca, porque é que hei-de ficar aqui, esperando o quê? Estou muito cansada de tudo isto. Acho que é de uma injustiça total e não percebo como é que o governo português não vê isso, como é que deixa uma cidadã estar aqui», afirmou.
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