O Tribunal Constitucional turco rejeitou um pedido de proibição do Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP, que está no poder), acusado de «actividades anti-laicas», anunciou esta quarta-feira o presidente do tribunal, citado pela Lusa.
Ainda assim, Hasim Kiliç adiantou que o AKP, do primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdogan, ficará privado de assistência financeira do Estado, o que constitui um «sério aviso» às pretensões do partido.
Para o partido ser banido, era necessário que pelo menos sete dos 11 juízes do Tribunal Constitucional votassem nesse sentido. No entanto, apenas seis o fizeram, sendo que cinco votaram contra.
O anúncio foi feito após três dias de deliberações. Desde 1960, mais de 20 partidos foram proibidos pelos tribunais por, alegadamente, irem contra os princípios seculares da Turquia. Ainda assim, foi a primeira vez que esta acusação recaiu sobre um partido que está no governo com maioria absoluta.
O AKP venceu as eleições do ano passado com uma grande vantagem e nega a intenção de criar um estado Islâmico à revelia.
Turquia: partido do poder quase foi banido
- Redação
- CP
- 30 jul 2008, 17:03
Tribunal Constitucional rejeitou pedido apenas por um voto, mas privou o AKP de assistência financeira do Estado
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