Luanda: mulheres estão soterradas - TVI

Luanda: mulheres estão soterradas

Edifício desaba em Luada [EPA/Cândido Almeida]

Desabamento faz quatro mortos. 50 mulheres e duas crianças continuam presas

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[Última actualização às 22h00]

Um grupo de mulheres que estavam detidas na cela feminina do edifício da Direcção Nacional de Investigação Criminal(DNIC) de Angola que ruiu este sábado de madrugada em Luanda já foram contactadas pelas equipas de resgate, noticia a agência Lusa.

Segundo a TSF, há quatro mortos a registar e 180 pessoas foram retiradas com vida dos escombros, apesar de haver ainda um número indeterminado de feridos graves.

Segundo o comandante-geral da Polícia Nacional, Ambrósio de Lemos, citado pela Angop, foi conseguido com a introdução de um telemóvel no espaço onde o grupo de mulheres se encontra retido, após o desabamento, no espaço inferior do edifício.

A RTP avança que, neste grupo de mulheres, que estava detido numa cela, há duas crianças; uma com três dias de vida e outra com dois anos.

Cão leva telemóvel ao grupo soterrado

Através do telemóvel, que foi introduzido junto das mulheres por um cão treinado, as equipas de resgate e as «detidas» estão «em permanente contacto» avançou Ambrósio de Lemos durante um balanço do acidente.

O oficial disse ainda que não está ainda definido com exactidão o número de pessoas que poderão estar sob os escombros do prédio que desabou cerca das 4h00 deste sábado, admitindo contudo que «as senhoras são o foco principal» das atenções das equipas no local.

As autoridades angolanas estimam que no interior do edifício que se desmoronou estariam cerca de 120 pessoas, a maior parte destas detidas no âmbito dos processos investigados pela DNIC. Todos os agentes de serviço à hora do acidente saíram ilesos do desmoronamento.

No local, além da maquinaria colocada à disposição das equipas dos bombeiros e dos Serviços de Protecção Civil por empresas de construção civil, também o Gabinete de Reconstrução Nacional(GRN), entidade que gere o plano de obras estatais em Angola, enviou um conjunto de equipamento para facilitar a remoção dos escombros.

Dezenas de veículos foram igualmente soterrados com a derrocada do edifício, estando igualmente a ser removidos dos escombros para permitir maior celeridade no trabalho de busca e salvamento, que ocupa centenas de homens entre bombeiros, militares, polícias, elementos da Protecção Civil e trabalhadores.

Infiltração de água nos alicerces pode estar na origem do desabamento

A este conjunto alargado de operacionais juntaram-se ainda cerca de meia centena de homens da Cruz Vermelha de Angola, que centram os seus esforços na prestação de ajuda imediata antes da transferência para os hospitais de Luanda.

A eventual infiltração de água nos alicerces do edifício é apontada como uma eventual causa para o acidente, mas oficialmente ainda não foi avançado qualquer dado sobre esta matéria.

Centenas de pessoas permanecem no local para «assistir» aos acontecimentos, embora a polícia mantenha na zona um forte dispositivo para garantir a solidez do cordão de segurança criado para manter os «mirones» à distância.

JF
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