Israel bombardeia fronteira entre Gaza e o Egipto

Um avião israelita bombardeou na madrugada desta quarta-feira os túneis de contrabando que ligam o Sul da Faixa de Gaza ao Egipto, indicaram testemunhas, refere a Lusa.

Estas testemunhas deram conta de uma forte explosão causada pelo disparo de uma bomba ou míssil contra a fronteira.

De acordo com as mesmas fontes, esta explosão não fez qualquer vítima.

Um dos principais objectivos da operação israelita «Chumbo endurecido», que em 22 dias fez mais de 1.300 mortos palestinianos, foi acabar com o contrabando de armas entre o lado palestiniano de Rafah e o Sinaï egípcio, através dos túneis.

Os túneis servem, de acordo com Israel, para fazer passar armas para Gaza, entre as quais os foguetes disparados contra o Sul do Estado hebreu.

De acordo com as autoridades israelitas, os túneis são também utilizados para passar outros bens para Gaza, contornando assim o bloqueio imposto por Israel ao território palestiniano desde Junho de 2007, data em que passou a ser controlado pelo Hamas.

Entetanto, o líder da direita israelita, Benjamin Netanyahu, favorito nas sondagens para o escrutínio de 10 de Fevereiro, considerou necessário «terminar o trabalho e fazer desaparecer a ameaça» que constituem o Hamas, na Faixa de Gaza, e o Hezbollah, no Líbano.

O chefe do Likud falou terça-feira perante cerca de 2.000 militantes, reunidos no Centro de conferências de Jerusalém para a abertura da campanha em que adoptou o slogan: «o objectivo: a segurança de Israel».

«No plano de segurança, a missão mais importante é impedir o Irão de adquirir a bomba atómica (...) O tempo passa e esta missão torna-se mais vital. Toda a nossa política será consagrada a impedir essa evolução perigosa», afirmou Netanyahu.

O líder do Likud já acusou várias vezes o actual governo israelita de parar demasiado cedo a ofensiva lançada no fim de Dezembro na Faixa de Gaza e que fez mais de 1.330 mortos neste território controlado pelos islamitas palestinianos do Hamas.

«Aquele que vier contra nós encontrará um punho de ferro», sublinhou.

A este respeito, apelou ao primeiro-ministro Ehud Olmert para «mostrar um punho de ferro, imediatamente», depois da morte, durante a manhã, de um soldado israelita, morto por um engenho explosivo na orla da Faixa de Gaza.