Boeing ameaça parar produção dos 737 Max depois de prejuízos recorde - TVI

Boeing ameaça parar produção dos 737 Max depois de prejuízos recorde

  • AG
  • 25 jul 2019, 15:51
Boeing 737 MAX

Empresa norte-americana perdeu mais de três mil milhões de euros no segundo trimestre de 2018. Em causa, está a queda de dois aviões do modelo 737 Max, na Etiópia e Indonésia, que provocaram 346 vítimas mortais

A Boeing ameaça parar a produção do 737 Max. O avião que esteve envolvido em dois acidentes no último ano, que provocaram 346 vítimas mortais. A decisão surgiu após a apresentação dos resultados da empresa, para o segundo trimestre de 2018, que registaram uma quebra recorde superior a 3 mil milhões de euros só com a estagnação desta frota.

Podemos ter de considerar uma possível redução da produção ou outras opções, incluindo um fecho temporário da produção do 737 Max”, confirmou Dennis Muilenberg, diretor-executivo da Boeing.

Apesar de ter colocado a hipótese de parar temporariamente com a produção, o diretor-executivo mostrou-se confiante no regresso do avião aos ares em outubro.

A Boeing tinha anunciado, em janeiro, que estava prevista a entrega de cerca de 900 aviões até ao final deste ano, mas desde março que a produção dos 737 Max está parada. Surgiram vários alertas de que perto de 300 exemplares podiam ter defeitos de fabrico, depois da empresa norte-americana ter admitido falhas no software de dois destes aparelhos que caíram no intervalo de cinco meses.

Este é um momento definidor para a Boeing e estamos comprometidos com este desafio para crescer enquanto companhia”, reiterou Dennis Muilenberg.

A Boeing já tinha anunciado uma redução da produção, que passou de 52 para 42 aviões por mês, mas viu-se obrigada a suspender a entrega das aeronaves, o que gerou uma quebra no fluxo de dinheiro da empresa.

Os resultados da Boeing apresentaram prejuízo em vários parâmetros, apesar de terem divulgado 14 mil milhões de euros de lucro no segundo trimestre de 2019. No entanto, este resultado representa uma quebra de quase 9 mil milhões de euros, no total do trimestre compreendido entre abril e junho, em relação ao período homólogo.

A fabricante norte-americana tem estado debaixo de fogo desde que dois aviões do modelo 737 Max caíram, na Etiópia e Indonésia, provocando 346 mortos.

Na sequência dos acidentes, a empresa teve de indemnizar várias famílias. Os executivos da companhia emitiram mesmo um pedido de desculpas, mas a notícia de que a empresa já saberia dos defeitos nos aviões descredibilizou a Boeing.

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