Scotland Yard investiga morte de Bhutto - TVI

Scotland Yard investiga morte de Bhutto

  • Portugal Diário
  • 5 jan 2008, 12:43

Cinco peritos em anti-terrorismo e medicina legal já estão no Paquistão

Uma equipa da Scotland Yard, presente no Paquistão para ajudar a inquirir sobre o assassínio da antiga primeira-ministra Benazir Bhutto, começou hoje a inspeccionar os locais do drama, informou a polícia.

Estes cinco peritos em anti-terrorismo e medicina legal da famosa polícia criminal britânica chegaram sexta-feira a Islamabad, a pedido das autoridades do Paquistão, face ao desejo do presidente Pervez Musharraf de que seja posto termo à controvérsia em torno da morte de Benazir Bhutto num atentado suicida em 27 de Dezembro, após um comício político.

«A equipa da Scotland Yard está a inspeccionar o local do comício e o ponto onde foi atacada» em Rawalpindi, próximo da capital paquistanesa, declarou um oficial da polícia.

A área onde foi realizada a manifestação política estava confinada por um cordão de comandos das forças especiais e até os jornalistas foram sujeitos a restrições de movimentos, segundo depoimentos de repórteres.

Os polícias britânicos devem também examinar o automóvel em que Benazir Bhutto encontrou a morte.

O presidente Pervez Musharraf não está «completamente satisfeito» com o inquérito local, embora reitere que o governo e os serviços secretos não tentaram eliminar pistas.

O chefe do Estado mostrou-se, contudo, irritado por os serviços municipais terem feito a limpeza do local do crime com jactos de água logo após o assassínio.

Assim, a tarefa da Scotland Yard será dificultada por esses procedimentos errados.

O partido de Benazir Bhutto considera, por seu turno, que a missão da Scotland Yard «não faz sentido».

«O próprio Musharraf afirmou que a equipa da Scotland Yard não está autorizada a interrogar aqueles de quem nós suspeitamos. Portanto, a sua intervenção está limitada», denunciou o porta-voz do Partido do Povo paquistanês (PPP) de Benazir Bhutto, Farhatullah Babar.

Islamabad responsabiliza pelo crime grupos ligados à Al-Qaida, enquanto que a oposição aponta o dedo a altos responsáveis ligados ao poder e os serviços secretos.
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