Os candidatos a presidente do Brasil, Dilma Rousseff e José Serra, trocaram, este domingo, acusações sobre questões como o aborto e a privatização de empresas públicas, no debate televisivo mais equilibrado das presidenciais.
Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores (PT), iniciou o primeiro debate da segunda volta a acusar o adversário José Serra, do Partido da Social-Democracia Brasileira (PSDB), de realizar uma campanha de «calúnias, mentiras e difamações».
«A sua campanha procura atingir-me através de calúnias, mentiras e difamações muito claras. O que o seu vice faz é criar e organizar grupos para me atingir por questões religiosas», disse Dilma.
Serra acusou Dilma de ser «duas caras», e a candidata do PT respondeu que o tucano «realmente não é o cara, é o mil caras».
Naquele que é classificado pela imprensa brasileira como o debate mais duro, mas mais equilibrado de toda a campanha eleitoral, Dilma acusou Serra de ter regulamentado a prática do aborto no sistema público de saúde, quando era ministro da Saúde. José Serra debateu, dizendo que nunca defendeu a legalização do aborto, ao contrário de Dilma, que o terá defendido, mas que agora o nega para conquistar os votos do eleitorado católico. «Você defendeu e de repente passa e dizer outra coisa», acusou.
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Dilma e Serra trocam acusações em debate televisivo
- tvi24
- MM
- 11 out 2010, 08:38
![Debate dos candidatos a presidente](https://img.iol.pt/image/id/13322815/1024.jpg)
O Brasil está a três semanas da segunda volta das presidenciais
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