IURD investigada por branqueamento de capitais - TVI

IURD investigada por branqueamento de capitais

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Autoridades brasileiras já decretaram o levantamento do sigilo bancário e fiscal de empresas e pessoas acusadas de participar no alegado esquema

A Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) está a ser investigada pelas autoridades brasileiras por suspeitas de branqueamento de capitais, envolvendo empresas suas, noticia esta segunda-feira o jornal Estado de São Paulo.

Para fugir ao fisco (Receita Federal), a Igreja terá remetido divisas para o estrangeiro, que eram posteriormente recambiadas para o Brasil e aplicadas em empresas controladas pela IURD, segundo a investigação conduzida pelo Ministério Público Estadual (MPE), relatada no diário brasileiro.

A IURD tem como grande fonte de receitas o chamado «dízimo dos fiéis» - 10 por cento do rendimento mensal de cada um dos crentes.

A mesma fonte adianta que a Justiça de São Paulo já decretou o levantamento do sigilo bancário e fiscal de empresas e pessoas acusadas de participar no alegado esquema de branqueamento de capitais.

IURD tem 120 templos em Portugal

Existente há 20 anos, a IURD está presente actualmente em 172 países.

Em Portugal, onde já tem 120 templos, está em curso a construção de uma catedral para 3.500 pessoas; uma outra para 3.000 fiéis passará a funcionar no final de 2008 no Porto, segundo revela o seu líder e fundador, Edir Macedo, no recente livro «O Bispo».

A maior sede internacional da TV Record, canal de propriedade do líder religioso, está em Portugal, onde a emissora funciona num prédio de mais de 1.000 metros quadrados.

O processo no Ministério Público brasileiro levou ao levantamento do sigilo ao segundo vice-presidente da Câmara Municipal de Petrópolis, Claudemir Mendonça de Andrade (PSDB), e outros dois ex-vereadores - Waldir Abrão e João Monteiro de Castro dos Santos.

Abrangidos pelo levantamento de sigilo foram também ao pastor Márcio de Lima Araújo, ex-secretário de Desportos na gestão de Paulo Maluf na Prefeitura de São Paulo (1993-1997), Álvaro Stievano Júnior.

Estes são suspeitos de manter ligações com as offshore Cableinvest Limited e a Investholding Limited, nas Ilhas Caimão, utilizadas no encaminhamento das receitas.

O Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou o pedido dos procuradores para levantamento da imunidade ao senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), sobrinho de Edir Macedo e dirigente da IURD.

A quebra de sigilo, adianta o jornal brasileiro, havia sido previamente autorizada pelo Departamento de Inquéritos Policiais da Capital (DIPO), com base em relatórios de movimentações financeiras do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), do Ministério da Justiça.

Já em 1999 os negócios da IURD tinham estado na mira da justiça brasileira, num inquérito à compra da emissoras de televisão e rádio como a Record Rio.
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