Tibete: estação para observar «buraco de ozono» - TVI

Tibete: estação para observar «buraco de ozono»

  • Portugal Diário
  • 7 jan 2008, 16:46

China inaugura estação de observação dos níveis daquele gás na região

A China, preocupada com o aparecimento de um «buraco» na camada de ozono sobre o Tibete em 2003, inaugurou uma estação de observação dos níveis daquele gás na região, informou esta segunda-feira a agência estatal de notícias Xinhua, citada pela agência Lusa.

A estação de observação, que começou a funcionar este fim-de-semana, está localizada a cerca de 3,6 mil metros em Lhasa, capital do Tibete.

O investimento total foi de cerca de 208 mil dólares (142 mil euros), sendo que a maior parte desse valor se destinou à construção de um espectrómetro de última geração.

Enquanto os «buracos» na capa de ozono nos Pólos estão a diminuir - graças à proibição mundial do gás CFC e de outros produtos que destroem a camada de ozono - cientistas chineses descobriram que no planalto de Qinghai-Tíbet existem zonas com níveis alarmantemente baixos, especialmente no Verão.

Em Dezembro de 2003 foi descoberta, naquela região, uma área de 2,5 milhões de quilómetros quadrados com menos de 220 unidades Dobson (unidades de medida que descrevem a espessura da camada de ozono), baixando depois para 190.

Fala-se de «buraco de ozono» quando o limite da densidade da camada de ozono é inferior a 220 unidades.

De acordo com os cientistas chineses, o decréscimo da densidade de ozono verificado na região não se deve à actividade humana, mas sim a «movimentos atmosféricos», correntes de ar altas e baixas em ozono que se deslocam.

«O planalto tibetano é uma zona vital para a investigação das alterações climáticas», afirmou Zhang Yong, um dos responsáveis pelo observatório meteorológico do Tibet, acrescentando que a nova estação fornecerá dados precisos sobre a radiação ultravioleta-B (UVB), que pode provocar cancro de pele.

A China detém outras quatro estações de observação da camada de ozono, incluindo uma na base de Zhongshan, na Antártida.
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