Sílvio Berlusconi disse que não gosta de ser primeiro-ministro de Itália e que apenas ocupa o cargo por sentido de dever e de sacrifício. Numa entrevista à CNN, o polémico governante garante que pensa sempre antes de agir e defende que nunca cometeu uma gaffe na sua vida.
«Faço o que faço com um sentido de sacrifício. Não gosto muito de fazê-lo», disse Berlusconi, descrevendo-se como o «único líder capaz de manter unido o centro-direita» no país. «É uma vida difícil ser responsável por liderar o governo de um país como a Itália», disse.
Quanto aos escândalos em que se viu recentemente envolvido, com orgias e tráfico de influências à mistura, Berlusconi responsabilizou o «jornalismo de sarjeta» e considerou que são tudo «invenções dos jornais». E não são só os escândalos que nega.
«Nunca cometi qualquer gaffe, nem sequer uma. Todas as gaffes são inventadas pelos jornais», frisou, desvalorizando episódios como aquele em que chamou «moreno» a Barack Obama ou quando deixou Angela Merkel à sua espera antes de uma cimeira enquanto falava ao telefone.
«Eu conto histórias e conto piadas», justificou. «Só conto histórias que podem ser ouvidas por toda a gente».
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Berlusconi diz que não gosta do trabalho que faz
- Redação
- HB
- 21 out 2009, 11:40
![Silvi Berlusconi (arquivo) Foto EPA](https://img.iol.pt/image/id/10101045/1024.jpg)
Primeiro-ministro italiano diz que vê o cargo como um dever e um sacrifício
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