O presidente cubano, Raul Castro, afirmou na quarta-feira «lamentar» a morte do preso político Orlando Zapata, que esteve em greve de fome 85 dias. As declarações foram feitas durante a visita oficial do homólogo brasileiro, Lula da Silva, que disse partilhar do mesmo sentimento.
Num raro acto de contrição, Raul Castro exprimiu, durante uma deslocação ao Porto de Mariel com Lula da Silva, a sua «mágoa» pela primeira morte de um preso político cubano desde 1972. Com embaraço, o líder brasileiro afirmou também «lamentar profundamente» a morte do dissidente político.
Raul Castro acrescentou ainda que, em Cuba «não há torturas, nem execuções. Isso acontece na base (norte-americana) de Guantanamo», fez saber o irmão e sucessor do líder da Revolução Cubana, Fidel Castro, em declarações à imprensa estrangeira.
Durante a visita a Cuba, Lula da Silva teve ainda oportunidade de privar com o líder histórico do país. Fidel recebeu, durante duas horas, o presidente brasileiro, em clima de boa disposição, como mostram as fotografias do encontro, onde o cubano de 83 anos aparenta boa forma, noticia a AFP.
Entretanto, a delegação brasileira já abandonou Havana, onde se reforçam agora as medidas de segurança para a realização do funeral de Orlando Zapato. A última homenagem ao dissidente vai decorrer quinta-feira.
![Raul Castro lamenta morte de preso político - TVI Raul Castro lamenta morte de preso político - TVI](https://img.iol.pt/image/id/13223989/400.jpg)
Raul Castro lamenta morte de preso político
- Redação
- CMM
- 25 fev 2010, 10:47
![Lula da Silva em Cuba](https://img.iol.pt/image/id/13223989/1024.jpg)
Foram reforçadas as medidas de segurança para a realização do funeral
Continue a ler esta notícia