O procurador-chefe de Paris, Francois Molins, disse que o ataque “correspondeu exatamente às ordens dadas pelo Daesh” (que significa Estado Islâmico) e que a tentativa de fazer explodir a fábrica “lembra as ações de um mártir”, ainda que as motivações para a decapitação do patrão permaneçam pessoais.
Molins também confirmou que o crime foi completamente premeditado, e que Yassin Salhi, de 35 anos, saiu para o trabalho armado com uma faca e uma pistola falsa.
O homicida “atacou o patrão com um macaco-hidráulico, deixando-o inconsciente. [Depois] estrangulou-o com uma mão”.
Salhi carregou, depois, o corpo para uma carrinha de caixa aberta e decapitou a vítima com uma lâmina de 25 centímetros. Molins disse que os exames feitos ao cadáver não conseguiram determinar se a vítima ainda estava viva quando a decapitação ocorreu.
“[De seguida] Salhi pendurou a cabeça no gradeamento para conseguir mais atenção, como acabou por confessar durante o interrogatório”, acrescentou.
De cada lado da cabeça foram penduradas bandeiras do Estado Islâmico.
“Isto corresponde precisamente às ordens do Daesh que regularmente incentiva atos terroristas em solo francês, e pede, em particular, que os ‘infiéis’ sejam decapitados. (...) É um método habitual desta organização terrorista”.
Segundo a agência AFP, o homicida confesso negou “motivações religiosas” pelo ataque, alegando problemas com a esposa e o patrão.
Molins também confirmou que há uma investigação em curso, e que Salhi já foi acusado de homicídio e ligações a uma organização terrorista.