José de Paula Neto, mais conhecido por Netinho, é candidato ao Senado Federal no próximo domingo pelo Partido Comunista do Brasil e as sondagens mostram-no muito perto do objectivo.
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No entanto, uma reportagem da «Folha» revelou um segredo do candidato até agora muito bem escondido: em Julho de 2001, Netinho foi condenado por agredir e ofender uma funcionária de uma companhia aérea.
A condenação obrigou-o a pagar, em Novembro de 2002, cem latas de leite em pó à agredida. No entanto, a mulher não ficou satisfeita e, noutro pedido de indemnização por danos morais, conseguiu arrecadar 80 mil reais (cerca de 35 mil euros).
O juiz afirmou que «ficou cabalmente demonstrado» que Netinho agrediu Nilda com uma violência «desproporcional». No final, tudo se resolveu com um acordo que se adivinha milionário, apesar do valor nunca ter sido revelado.
A este acordo seguiu-se outro que já era do conhecimento dos eleitores brasileiros. Em Fevereiro de 2005, o agora vereador agrediu a sua mulher da altura a soco. Cerca de um mês depois da denúncia de Sandra Mendes, o processo foi dado por encerrado, porque ambos chegaram a acordo.
Num processo movido pelo escritório de advogados que ia defender a ex-mulher, está escrito que Netinho teria de pagar 850 mil reais (cerca de 370 mil euros) à vítima, teria de dar-lhe um carro de luxo e de lhe assegurar um plano de saúde por dois anos.
Na altura, o agora candidato a senador garantiu aos seus fãs e eleitores que tinha sido apenas um episódio pontual, mas, agora, esta reportagem pode abalar a sua credibilidade.
Se bem que a violência de Netinho não é propriamente uma novidade. Neste vídeo pode ver-se o que ele fez a um repórter em 2005:
Brasil: o candidato ao Senado que já bateu em mulheres
- Catarina Pereira
- 30 set 2010, 12:00
Netinho já foi cantor, actor e apresentador. Agora é político e nem as polémicas lhe abalam a fama
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