Grécia: a vitória clara do Syriza - TVI

Grécia: a vitória clara do Syriza

  • Redação
  • CP, PO, VC, EC, LF, CF - Última atualização às 17:00 de segunda-feira
  • 25 jan 2015, 17:06

Partido de Alexis Tsipras garante 36,3% dos votos dos 9,8 milhões de gregos que foram chamados às urnas. Grécia virou à esquerda e falta apenas eleger mais um deputado, para o Syriza para garantir a maioria absoluta. «Troika é passado», diz o líder vencedor

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As urnas fecharam na Grécia e o dia 25 de janeiro ficará na História. O país virou à esquerda. As últimas projeções oficiais estão muito em linha com as sondagens à boca das urnas, dando uma clara vitória ao Syriza, com 36,34%, apurados 100% dos votos.  Alexis Tsipras esteve quase a conseguir a maioria absoluta. Este resultado dá-lhe 149 deputados garantidos. Precisaria de 151 para esse feito. A Nova Democracia, do atual primeiro-ministro Antonis Samaras, ficou-se pelos 27,81%.

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A primeira reação do partido vencedor foi no Twitter, com a seguinte mensagem, em letras coloridas:  «A esperança ganhou!».
 
O líder Alexis Tsipras fez o discurso da vitória depois das 23:00 locais, 21:00 em Lisboa, num discurso marcado pelas palavras «esperança» e «dignidade» depois de anos de sacrifício. «A vossa voz anulou a austeridade. A troika é passado».  À chegada, vinha com um largo sorriso de vitória:
 

As primeiras projeções não oficiais apontavam uma vitória até 39% para o partido de Alexis Tsipras. 

Ao que tudo indica, o líder do Syriza, Alexis Tsipras, 40 anos será mais jovem chefe de Estado da Grécia, dos últimos 150 anos
. Na sede do partido, o clima é de festa.




Da euforia à desilusão


Já a Nova Democracia
, do primeiro-ministro grego, Antonis Samaras, ficou em segundo lugar, com 27,81%.

O porta-voz do ministro da Saúde, Makis Voridis, foi o primeiro elemento do Governo a reconhecer a derrota.   «Perdemos»
, admitiu a uma televisão privada do país. 

Samaras reconheceu o mesmo, quando já tinham sido apurados metade dos votos. Entregará a pasta «de consciência tranquila». Deixou alguns avisos a Tsipras e pediu diálogo


As imagens do desânimo na sede do partido falam por si:



Em terceiro, surge a Aurora Dourada
(6,29%) . Logo a seguir, o To Potami
(6,04%). ​

O Partido Comunista Grego
terá 5,5%. O  Pasok
, ex-aliado da Nova Democracia, 4,73% e os  Gregos Independentes
 (4,66%).

O partido do ex-primeiro-ministro Papandreou, o recém criado Movimento para a Mudança
, corre o risco de ficar fora do Parlamento, uma vez que ainda não garantiu o mínimo de 3% exigido para assegurar um lugar no Parlamento. 

A Europa está de olhos postos em Atenas
, uma vez que estas eleições legislativas podem mudar o rumo da Europa contra a austeridade. Em Portugal, os partidos de esquerda já reagiram à vitória do Syriza. O PCP congratulou a «vontade de mudança»
e o Bloco de Esquerda lembrou que o partido vencedor é seu «irmão», acompanhando o slogan de campanha: «A esperança está a caminho. A esperança está aqui»


Já o PSD espera que os gregos continuem num «caminho comum»
. O CDS-PP preferiu destacar que  a situação da Grécia é diferente de Portugal
.

Recorde-se que nas últimas eleições, em 2012, as sondagens à boca das urnas falharam redondamente.  

Enquanto os votos decorriam, estavam a ser divulgadas sondagens oficiosas que davam já a vitória ao Syriza. A Nova Democracia reagiu, emitindo um comunicado a apelar a uma investigação policial a essas sondagens, por terem sido divulgadas na Internet enquanto ainda se podia votar. 

 
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