«Hoje fez-se justiça». Foi desta forma que o presidente do governo espanhol, José José Luis Rodríguez Zapatero, reagiu à leitura da sentença dos atentados de 11 de Março de 2004, em Madrid, que mataram 191 pessoas e fizeram mais de 1800 feridos.
«Hoje fez-se justiça e a partir desta justiça temos que seguir em frente», afirmou Zapatero, citado pela edição electrónica do jornal espanhol El País. O chefe de executivo louvou o que considerou ser «a averiguação imparcial da verdade» e ainda o trabalho das forças de segurança e entidades judiciais, neste longo processo, destacando a sua rapidez.
O líder espanhol dirigiu-se ainda as vítimas e famílias das vítimas dos atentados: «Sentimos a profunda memória dos factos e a dor desses momentos». «Nada pode preencher a ausência que sofrem, mas hoje poderão sentir algum consolo e alívio ao ter sido estabelecida a verdade dos factos e a responsabilidade dos seus autores», afirmou Zapatero.
Líder da oposição não acredita que caso esteja encerrado
O líder do PP - o principal partido da oposição em Espanha - disse que o caso do 11-M não está totalmente encerrado com a sentença que foi proferida hoje, referindo-se à ausência de autores intelectuais do atentado.
Mariano Rajoy disse estar disposto, por esta razão, a apoiar «qualquer outra [investigação] que permita avançar sem limites na acção da justiça».
O presidente dos populares recordou que maior parte dos suspeitos foram detidos «em tempo recorde», durante a altura em que o seu partido estava no poder, alegando que isso impediu que fossem cometidos novos atentados.
11-M: Zapatero diz que se fez «justiça»
- Portugal Diário
- 31 out 2007, 14:14
Líder da oposição espanhola diz que caso ainda não terminou
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