Mari Luz «morreu acidentalmente» - TVI

Mari Luz «morreu acidentalmente»

  • Portugal Diário
  • - LM
  • 26 mar 2008, 11:39
Manifestação em Huelva por Mari Luz

Um dos quatro detidos confessa ter atirado corpo da menina ao rio

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Actualizada às 19h14

Um dos quatro detidos pela morte de Mari Luz Cortés, que a imprensa espanhola diz chamar-se Santiago G., disse à polícia que a menina morreu acidentalmente quando o acompanhava por «vontade própria», informaram à France Press fontes próximas da investigação. Segundo a versão do detido, a menina de cinco anos «caiu» e morreu acidentalmente. Em pânico, decidiu atirar o corpo ao rio.

De acordo com a agência Lusa, os outros detidos são a mulher, a irmã e o irmão de Santiago G., que vivia a poucos metros da família de Mari Luz, em Huelva, mas foi detida em Cuenca, onde residem os seus irmãos.

Inicialmente, havia sido noticiada apenas a detenção do casal, um dado que foi alterado depois. A mulher de Santiago G. já foi libertada. As outroas três pessoas ainda estarão a ser ouvidas.

Juan José Cortés, pai da menina, em declarações ao jornal Huelva Información confirmou que são vizinhos e acrescentou que o homem, de nome Santiago G., tem antecedentes criminais por pedofilia e a abusos sexuais. O jornal «20 Minutos», na sua edição electrónica, acrescenta ainda que o suspeito, de 52 anos, está, inclusivamente, proibido de estar com as próprias filhas.

A família de Mari Luz, diga-se, suspeitou deste homem desde o início da investigação. Aliás, ele chegou a ser detido poucos dias depois do desaparecimento de Mari Luz, mas foi libertado por falta de provas. Ainda assim, continuou a ser o principal suspeito da polícia.

Escreve 20 Minutos que a polícia está convencida de que o detido é o autor da morte da menina e que o móbil do crime foi sexual. Ainda assim, as análises da Polícia Científica indicam que o detido não chegou a forçar sexualmente Mari Luz.

Pais de Mari Luz não têm dúvidas

«Sabemos que foi ele, temos a certeza, e para mim não é uma surpresa», disse Juan José Cortés, depois de saber da notícia da detenção esta manhã.

O casal vivia no mesmo bairro que a pequena Mari Luz, em Torrejón, mas mudou-se para Cuenca por receio de eventuais represálias dos familiares da menina. O homem era conhecido no bairro como uma pessoa de trato difícil.

As quatro pessoas foram detidos esta terça-feira em Cuenca por alegada relação com o desaparecimento e morte de Mari Luz Cortés, cujo cadáver apareceu a flutuar na ria de Huelva no dia 7 de Março.
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