Hillary: sequestrador rendeu-se - TVI

Hillary: sequestrador rendeu-se

  • Portugal Diário
  • 30 nov 2007, 23:21
Refém libertado (Lusa)

EUA: homem manteve vários reféns durante cinco horas e meia na sede de campanha presidencial de Hillary Clinton, em Rochester, New Hampshire. «Foi um dia muito difícil», disse a candidata, no final. Indivíduo ameaçou staff com uma bomba Tinha avisado o enteado para ver as notícias

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Entregou-se às autoridades o homem que manteve sequestradas várias pessoas durante cinco horas e meia numa sede de campanha da candidata democrata às eleições presidenciais norte-americanas Hillary Clinton, em Rochester, New Hampshire. Não há feridos a registar.

Ao contrário do que afirmara inicialmente o sequestrador não tinha uma bomba amarrada à cintura, mas sim foguetes.

Nas imagens televisivas transmitidas em directo pela televisivão local WMUR, vê-se o homem a avançar na rua, com as mãos levantadas, perante um pequeno grupo de polícias. Em seguida o suspeito coloca as mãos na cabeça, ajoelha-se e deita-se no chão, sendo algemado, em seguida, pelos agentes, sem oferecer qualquer tipo de resistência.

O desenlace do incidente, que se prolongou por cerca de cinco horas e meia, aconteceu pouco depois de ter saído do edifício um homem, que teria sido feito refém. Uma outra mulher também havia sido libertada, horas antes.

O alerta do caso foi dado por uma outra mulher, com um bebé ao colo, que estaria dentro do edifício no momento em que o homem entrou. «Uma jovem com um bebé de seis a oito meses entrou na loja a chorar e disse: "Têm de telefonar para o 911 [número de emergência nos EUA]. Um homem entrou na sede de Clinton, abriu o casaco e mostrou-nos uma bomba amarrada ao peito"», disse uma testemunha, citada pela WMUR.

A polícia ainda não deu conta, até agora, quantos reféns se encontravam dentro do edifício. Durante a tarde, durante uma conferência de imprensa, apenas referiu não poder «confirmar» quantos seriam.

Sobre a área que foi sujeita a um apertado perímetro policial, o porta-voz da polícia local adiantou na altura que eram «quatro ou cinco quarteirões» e que no local estavam 54 agentes. Além dos elementos locais, foram mobilizados para o local operacionais do FBI, dos serviços secretos e de várias outras agências de segurança, de acordo com a WMUR.

Os escritórios nas imediações foram evacuados, entre eles as sedes de campanha dos candidatos Barack Obama e John Edwards que não ficam muito longe do local.

«Vê as notícias»

O homem, com cerca de 40 anos, foi identificado pelos media como Lee Eisenberg. A WMUR cita alguns vizinhos que o descreveram com um homem «perturbado».

Um responsável dos serviços de saúde, Earl Sweney, revelou que o sequestrador tinha 46 anos e antecedentes psiquiátricos e de condução em estado de embriaguês.

Na cadeia televisiva, uma testemunha, que trabalha num restaurante perto do local, afirmou durante a tarde que um jovem entrou no estabelecimento e lhe disse ser enteado do homem barricado e que este teria bebido muito nas «últimas 72 horas», estaria desempregado e no meio de um processo de divórcio. A jovem testemunha contou ainda que o alegado enteado do sequestrador disse que o seu padrasto terá perguntado esta manhã onde podia comprar «sinalizadores de estrada» e que lhe terá dito: «Vê as notícias».

Rochester é uma cidade com 30 mil habitantes e uma das 16 onde Hillary Clinton tem uma sede de campanha no Estado de New Hampshire.

Hillary Clinton agradece às autoridades

«Foi um dia muito difícil». Foi desta forma que Hillary Clinton descreveu o desenrolar dos acontecimentos que tiveram lugar esta sexta-feira em Rochester. A candidata presidencial agradeceu ainda os esforços das autoridades policiais que permitiram que «tudo terminasse bem».

A esposa do antigo presidente dos EUA Bill Clinton disse que acompanhou o desenvolvimento do caso permanentemente, em contacto com as famílias dos reféns. «Falar com as famílias foi o momento mais duro para mim», sublinhou.

Hillary afirmou que irá agradecer pessoalmente às autoridades de New Hampshire e que se sente «orgulhosa» pelos jovens que trabalham com ela na campanha presidencial em que está envolvida.
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