Ex-prostitutas combatem prostituição infantil - TVI

Ex-prostitutas combatem prostituição infantil

Prostituição (arquivo)

Governo da cidade de Buenos Aires contratou dez mulheres para fazerem parte do projecto

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A Secretaria de Desenvolvimento Social de Buenos Aires lançou um projecto em Novembro para combater a prostituição infantil. Para ajudar a terminar com o maior flagelo da sociedade, foram convidadas dez ex-prostitutas, para ajudar a «descodificar» a prostituição e a exploração sexual.

«Como conhecem os códigos (da prostituição e da exploração sexual) melhor do que os assistentes sociais, tivemos a ideia de as contratar. O resultado tem sido positivo. Elas aproximam-se dos jovens e revelam, por exemplo, que agora que têm 30 ou 40 anos conseguem ver que não valeu a pena seguir por aquele caminho», afirmou Miguel Sorbello, coordenador do projecto e assistente social da divisão de Infância e Adolescência, à BBC Brasil.

As ex-prostitutas vão receber um ordenado de cerca de 352 euros, pago pelo governo de Buenos Aires.

110 jovens retirados das ruas

Segundo Sorbello, «com a ajuda das prostitutas», já foram retirados «cerca de 110 jovens das ruas, que se prostituíam ou eram explorados sexualmente».

Os 110 jovens que deixaram as ruas com a ajuda do projecto estão divididos por centros de recuperação contra as drogas, por terem mostrado sinais de dependência, ou em centros com cursos profissionais.

«O nosso objectivo é que tenham uma ocupação mal deixem as ruas, para que tenham alternativas na vida», afirmou Sorbello.

70 por cento tem entre 15 e 17 anos

Estima-se que entre 400 e 500 jovens, até aos 21 anos, se prostituam na cidade, sendo que cerca de 70 por cento tem entre 15 e 17 anos, e 30 por cento são homens.

O trabalho do governo de Buenos Aires limita-se aos locais públicos e conta ainda com apoio da Associação de Mulheres Meretrizes da Argentina, com sede em Buenos Aires.

«Não servimos apenas para estar numa esquina. Podemos ajudar a combater a prostituição (infantil) quando nos é dado apoio», disse Graciela Collantes, da Associação.

Prevê-se que sejam ainda contratadas mais dez mulheres e cinco travestis para se juntarem ao combate da prostituição infantil.
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