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As diplomacias de Luanda e Paris já anunciaram que esta visita de Sarkozy a Angola deve marcar o relançamento das relações entre os dois países

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O Presidente francês, Nicolas Sarkozy, realiza sexta-feira uma curta visita oficial de 12 horas a Angola, estando previsto um encontro privado com o seu homólogo angolano de onde deverá sair renovado o relacionamento entre os dois estados, noticia a agência Lusa.

As diplomacias de Luanda e Paris já anunciaram que esta visita de Sarkozy a Angola deve marcar o relançamento das relações entre os dois países depois de uma década de «distanciamento» provocado pelo caso «Angolagate».

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O novo tom das relações entre Angola e a França deverá ser definido num encontro entre José Eduardo dos Santos e Nicolas Sarkozy que o programa oficial prevê para meio da manhã de sexta-feira, ao qual se seguirão declarações à imprensa dos dois Chefes de Estado nos jardins do Palácio da Cidade Alta.

Aguardados com expectativa são ainda os discursos previstos para o almoço oficial que José Eduardo dos Santos oferece a Nicolas Sarkozy antes da partida deste de Luanda.

Sarkozy, que chegará a Luanda pelas 06:00 de sexta-feira, vai ser recebido no Aeroporto «4 de Fevereiro» pelo ministro das Relações Exteriores, João Miranda, e pelo primeiro-ministro, Fernando da Piedade Dias dos Santos «Nando», que também estarão presentes na despedida do presidente gaulês.

Restabelecer relações

«O restabelecer de uma relação de confiança» entre Angola e França será o primeiro objectivo da visita do presidente Nicolas Sarkozy àquele país africano, segundo informação da Presidência francesa divulgada quarta-feira em Paris.

Os presidentes de França, Nicolas Sarkozy, e de Angola, José Eduardo dos Santos, vão ter o seu primeiro encontro oficial, após dez anos de uma quase completa ausência de relações diplomáticas entre os dois países.

Um afastamento que foi despoletado pelo caso Angolagate, em que a justiça francesa procura fazer o julgamento da venda de armas a Angola pelo francês Pierre Falcone e pelo israelo-russo Arcady Gaydamak, entre 1993 e 2000, quando o governo de Luanda estava em guerra com os rebeldes da UNITA de Jonas Savimbi.

Comentando este assunto, fonte presidencial francesa sublinhou que os chefes de Estado dos dois países «já viraram essa página.»

Encontro com homólogo

O encontro do Presidente francês com o seu congénere angolano, que durará apenas algumas horas, prevê a assinatura de acordos, sendo alguns de natureza pública e outros de natureza privada.

Protecção de investimentos, ensino, segurança de telecomunicações, água e saúde, são algumas das áreas em que irão ser assinados acordos. A empresa petrolífera francesa Total, irá construir quatro escolas e está prevista a abertura de uma linha de crédito comercial, para empresas, de 300 milhões de euros.

Está também previsto o envolvimento da «Air France para ajudar a TAAG a sair do ponto em que se encontra», adiantou fonte presidencial.

Na visita oficial do Presidente Francês a Angola, sexta-feira, Sarkozy será acompanhado pelos secretários de Estado do Comércio Externo, Anne-Marie Idrac, e da Cooperação e da Francofonia, Alain Joyandet.

O Palácio do Eliseu reconhece entretanto a importância de Angola como estabilizador da África Austral, em particular da República Democrática do Congo e do Congo Brazzaville.

Questinado sobre a questão de Cabinda e a Frente de Libertação do Enclave de Cabinda (FLEC), o Eliseu reagiu afirmando que essa é uma «questão interna» de Angola.
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