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UE suspende ajuda ao desenvolvimento no Mali

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Aministia Internacional anunciou hoje a morte de três pessoas, na sequência do golpe de Estado

A União Europeia suspendeu temporariamente a ajuda ao desenvolvimento ao Mali, na sequência do golpe de Estado de quinta-feira contra o presidente Amadou Toumani Touré, anunciou esta sexta-feira, em Bruxelas, o comissário europeu para o Desenvolvimento.

«No seguimento do golpe de Estado de ontem (quinta-feira) no Mali, decidi suspender temporariamente as operações de desenvolvimento da Comissão Europeia no país, até que a situação se clarifique», anunciou, em comunicado, Andris Piebalgs.

«Esta decisão não afeta a ajuda humanitária», sublinhou.

O comissário reiterou o apelo da Alta Representante da UE para os Negócios Estrangeiros, Catherine Ashton, no sentido de «uma rápida resolução da crise, restauração da ordem constitucional e realização de eleições democráticas tão cedo quanto possível».

Para o período 2008-2013, a Comissão Europeia planeara dirigir 583 milhões de euros em ajuda ao desenvolvimento para o Mali.

Também esta sexta-feira, o Banco Mundial e o Banco Africano para o Desenvolvimento (BAD) anunciaram a decisão de suspender as ajudas ao Mali, apontando igualmente que as operações de desenvolvimento estão suspensas, com a exceção da assistência de urgência.

Militares do Mali tomaram o poder em Bamako, após várias horas de combates com a guarda presidencial, afirmando ter deposto Mamadou Toumani Touré. Uma fonte militar leal ao Governo maliano garantiu que o presidente «está bem» e «em local seguro».

Na origem do golpe de Estado, em que morreram pelo menos 50 membros da guarda presidencial, estará o descontentamento dos militares com a falta de meios para combater os rebeldes tuaregues no Norte do país.

Já esta sexta-feira, a Amnistia Internacional veio anunciar a morte de pelo menos três pessoas, na sequência do golpe de Estado contra o presidente Amadou Toumani Touré declarado pelos militares. Fonte militar, citada pela agência noticiosa AFP, deu conta de apenas um morto entre os militares amotinados, mas a Amnistia Internacional indicou que três pessoas foram mortas a tiro.

Segundo a Cruz Vermelha do Mali, cerca de 40 pessoas ficaram também feridas nos últimos dois dias em Bamako e Kati, entre as quais «três a quatro civis», a maioria por ter sido atingida por balas perdidas.
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