"Respeitamos voto dos gregos. A Europa é a democracia. Entendemos a mensagem de todos os partidos democráticos da Grécia e o povo, que reafirmou voluntariamente que quer que o país fique no euro. As portas estão abertas à discussão"
Palavras de François Hollande, o primeiro a falar, corroboradas pela líder da maior potência europeia:
"Respeitamos esta decisão do referendo, é o voto de um país democrático. Devemos viver com esta decisão. A porta resta aberta e é a razão pela qual o Eurogrupo se reúne amanhã. É urgente que o Governo grego apresente propostas, para o seu país reencontrar a prosperidade e para podermos encontrar uma saída"
"Não há muito tempo"
Mais uma vez, a bola está do lado grego. Hollande vincou que a Europa espera de Tsipras propostas "sérias e credíveis para traduzir essa vontade da Grécia de ficar no euro". O primeiro-ministro grego falou com Merkel antes desta reunião bilateral, garantindo a apresentação de novas propostas no encontro de ministros das Finanças da Zona Euro.
La discussion reste ouverte, le gouvernement de M. Tsipras doit maintenant faire des propositions crédibles et sérieuses. 1/2
— François Hollande (@fhollande) 6 julho 2015
"Não há muito tempo e há urgência, para a Grécia e para a Europa. É uma questão de visibilidade, credibilidade e mesmo de dignidade. A Europa faz face à sua responsabilidade", vincou o Presidente francês.
Depois, garantiu que "há espaço para a solidariedade, por toda a Europa, mas também há responsabilidade". "O equilíbrio entre os dois deve ser linha de conduta para os dias que aí vêm".
L'équilibre entre solidarité et responsabilité doit être notre ligne de conduite pour les jours à venir. 2/2
— François Hollande (@fhollande) 6 julho 2015
Na mesma linha, a chanceler alemã lembrou a ajuda que a Europa já prestou à Grécia, por duas vezes: "Demos provas de muita solidariedade para com a Grécia, a Europa foi muito generosa, coerente e resta unida" em muitas outras situações, como a do terrorismo ou dos imigrantes, exemplificou. Espera que, também agora, haja prova dessa união.
"É importante que cada país prove a sua responsabilidade e veremos qual a reação dos outros 18 países. É isto a democracia".
Da parte de outro credor, o FMI, Christine Lagarde disse que já tomou “nota do resultado do referendo” e que a instituição está disposta a prestar ajuda ao governo grego.
Dos Estados Unidos da América surge o apelo ao compromisso. A Casa Branca espera que seja encontrada uma solução para a crise da dívida grega, por forma a manter o país no euro.
Um dia depois do referendo, já houve uma sucessão de decisões relevantes: o ministro das Finanças, Yanis Varoufakis, anunciou a demissão; o seu sucessor é Euclid Tsakalotos, o já chefe das negociações com os credores; os bancos gregos vão permanecer f echados até quarta-feira.