Ucrânia restabelece serviço militar obrigatório - TVI

Ucrânia restabelece serviço militar obrigatório

Tanques russos em movimento junto à fronteira (REUTERS)

Pais enfrenta há mais de quatro meses um conflito com rebeldes pró-russos. ONU e Itália advertem para «escalada perigosa» do conflito

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As autoridades ucranianas decidiram, esta quinta-feira, restaurar o serviço militar obrigatório no Exército, que enfrenta há mais de quatro meses um conflito com rebeldes pró-russos no Leste do país, noticia a agência Reuters.

«O Conselho Nacional de Segurança e Defesa decidiu restaurar o alistamento obrigatório no Exército ucraniano a partir do outono», declarou o chefe do Conselho, Mykhailo Koval, depois de uma reunião de emergência com o Presidente Petro Poroshenko.

A Ucrânia tinha abandonado há anos o serviço militar obrigatório. O serviço militar costumava ser obrigatório para todos os ucranianos homens com idade superior a 18 anos, mas o ex-Presidente Viktor Yanukovich, que foi forçado pelos protestos de rua a fugir em fevereiro, encerrou a prática a favor de um exército profissional.



ONU alerta para escalada perigosa na Ucrânia



O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, declara-se alarmado com os relatórios de que os combates se estenderam para o Oeste da Ucrânia e alerta para uma «perigosa escalada» no conflito, declarou esta quinta-feira um porta-voz.

«A comunidade internacional não pode permitir que a situação se agrave ainda mais, nem pode ser permitida a continuação da violência e da destruição que o conflito operou no Leste da Ucrânia», afirmou aos jornalistas o porta-voz da ONU Stephane Dujarric.

O Conselho de Segurança da ONU está, esta quinta-feira, reunido de emergência na sequência das denúncias que referem o envio de centenas de militares russos que se encontram a apoiar os separatistas ucranianos no Leste da Ucrânia.

Itália adverte Rússia para incursão na Ucrânia

O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, cujo país atualmente preside à União Europeia, telefonou esta quinta-feira ao Presidente russo Vladimir Putin para denunciar a entrada das tropas de Moscovo no Leste da Ucrânia.

Matteo Renzi enfatizou que o ato «é uma escalada intolerável e terá consequências muito graves», de acordo com um comunicado oficial, citado pela Reuters.

O chefe de Governo italiano, que atualmente lidera os seis meses de presidência rotativa da União Europeia, apelou a Vladimir Putin para que «regresse rapidamente à mesa de negociações».
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