Os Estados Unidos, a Organização das Nações Unidas (ONU) e a União Europeia tinham pedido, antes das eleições, que o primeiro-ministro de Israel, agora reeleito, considerasse a existência de um estado da Palestina como a única solução para haver paz no Médio Oriente.
Mas, durante a campanha eleitoral, Netanyhau afirmou de forma categórica que não iria permitir a criação de um estado palestiniano se fosse reeleito.
A ONU também já reagiu aos resultados das eleições, e voltou a reafirmar esta posição, afirmando que espera que Israel continue o processo de negociações para a paz no Médio Oriente, nomeadamente no que toca à questão de um estado palestiniano. As declarações do porta-voz de Ban Ki-Moon, Farhan Haq, foram feitas esta quarta-feira.
«É necessário que o novo governo israelita, uma vez formado, crie condições para um acordo de paz, com o envolvimento ativo da comunidade internacional, que acabe com a ocupação israelita e que compreenda a criação de um estado palestiniano, a viver em paz e segurança, lado a lado com Israel.»
Haq referiu ainda a importância de acabar com os abrigos ilegais nos territórios palestinianos ocupados.
Os palestinianos procuram a formação de um estado em Gaza, na Cisjordânia e em Jerusalém.
A ONU também quer que Israel retome a transferência de receitas fiscais aos palestinianos. Israel tem retido estas verbas, desde que os palestinianos começaram a manifestar interesse em juntar-se ao Tribunal de Crime Internacional.«O secretário-geral acredita que é a melhor e única forma de Israel continuar como estado democrático»
Netanyhau venceu as eleições desta terça-feira, mas sem conseguir uma maioria . O primeiro-ministro adiantou que pretende formar um governo de coligação dentro de duas ou três semanas.