Obama avisa para «custos» de conflito com Irão - TVI

Obama avisa para «custos» de conflito com Irão

Obama

Presidente dos EUA afasta ideia de que estará iminente uma decisão sobre uma intervenção militar contra Teerão

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O presidente dos EUA, Barack Obama, afastou a ideia de que irá ser tomada uma decisão em breve sobre uma intervenção militar contra o Irão.

Depois de um encontro com primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, em Washington, o chefe de estado norte-americano deixou ainda um aviso interno para os políticos que pretendem precipitar-se para um conflito com Teerão, por causa do seu programa nuclear.

Obama salientou que aqueles que estão a «tocar os tambores de guerra» têm a responsabilidade de explicar os custos e benefícios de uma ação militar deste tipo.

«Há consequências para Israel se isso acontecer prematuramente, há consequências para os Estados Unidos também», apontou, citado pelo jornal israelita «Haaretz». «Quando visitei o [hospital de veteranos militares] Walter Reed ou quando enviei cartas às famílias daqueles que não regressaram, sou recordado desse custo».

O presidente dos EUA preferiu insistir na necessidade de pressionar o Irão através de sanções e de trabalho diplomático. Mas deixou claro que a opção militar - apesar de não estar a ser equacionada de forma iminente - continua em cima da mesa, mas apenas se se esgotarem todas as outras vias.

Por sua vez, Netanyahu - que tem tido um discurso muito mais ameaçador acerca de uma eventual operação militar - garantiu que Israel ainda não tomou uma decisão sobre este assunto. Mas não deixou antever qualquer recuo na forma com o seu governo se tem referido a este tema.

Novas negociações

Estas declarações de Obama surgem numa altura em que a chefe da política externa da União Europeia, Catherine Ashton, anunciou que as conversações do Irão com o chamado «Grupo dos Seis» (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas mais a Alemanha) vão ser retomadas.

No mês passado, Teerão mostrou-se disposto a voltar às negociações sobre o seu programa nuclear, que garante ter apenas fins civis, mas é visto com desconfiança pelas potenciais ocidentais, que temem que esteja em curso a tentativa de obter armas nucleares.

Falta agora marcar a data e o local de uma nova ronda de conversações - que ficaram suspensas durante um ano.
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