Mediterrâneo: dois sobreviventes detidos por suspeitas de tráfico de pessoas - TVI

Mediterrâneo: dois sobreviventes detidos por suspeitas de tráfico de pessoas

27 sobreviventes já chegaram ao porto de Catania, na ilha da Sicília

Os 27 sobreviventes do naufrágio ocorrido, este domingo, no mar Mediterrâneo já chegaram ao porto de Catania, na ilha italiana da Sicília.
 
Segundo a agência Reuters, dois dos sobreviventes foram detidos, logo após o desembarque, por suspeitas de se tratarem de traficantes de pessoas.


  
Um dos sobreviventes, um migrante do Bangladesh afirmou que havia cerca de 950 pessoas a bordo do navio, incluindo 40 ou 50 crianças e 200 mulheres. O sobrevivente, de 32 anos, acrescentou que muitas dessas pessoas estavam fechadas, com as portas dos compartimentos trancadas.  

Este naufrágio no Mediterrâneo já é tido como a maior tragédia marítima do pós-guerra e já motivou a realização de um Conselho Europeu extraordinário na próxima quinta-feira em Bruxelas. 

Também na noite desta segunda-feira, quarenta e três imigrantes ilegais foram salvos, pela Marinha Espanhola, perto da ilha de Álboran, entre Espanha e Marrocos.
 
No entanto há ainda  450 pessoas em perigo no mar Mediterrâneo, em três navios que já pediram socorro.
 
A União Europeia (UE) vai por em marcha um plano de contingência para combater as redes de tráfico ilegal de migrantes e evitar estes acontecimentos trágicos. As novas medidas incluem destruir os barcos dos grupos criminosos e enviar os migrantes para os seus locais de origem. 

Só na última semana, de acordo com a Organização Mundial para as Migrações (IOM, da sigla em inglês),  terão morrido cerca de 1600 pessoas, em quatro incidentes separados. 

As guardas costeiras de Itália e de Malta já avisaram não ter meios para responder a tantos pedidos.
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