Sismo de Aquila: cientistas condenados a seis anos de prisão - TVI

Sismo de Aquila: cientistas condenados a seis anos de prisão

Abalo de magnitude 6,3 em Itália causou a morte de 309 pessoas

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Seis cientistas e uma ex-chefia da Proteção Civil italianos foram condenados, nesta segunda-feira, a seis anos de prisão por terem subestimado os riscos do terramoto que abalou a cidade italiana de Aquila, Itália, em 2009, em que morreram 309 pessoas.

O tribunal de Aquila considerou os sete arguidos culpados de homicídio involuntário, depois de terem «falsamente» tranquilizado os habitantes antes do sismo de magnitude 6,3 que arrasou a cidade e matou centenas.

Os sete réus, todos membros da Comissão Nacional de Previsão e Prevenção de Grandes Riscos, foram considerados culpados de fornecer informação «incorreta, incompleta e contraditória» sobre o perigo dos tremores sentidos antes do principal abalo, a 6 de abril de 2009.

Nas alegações finais, a acusação citou uma das testemunhas, cujo pai morreu no sismo. Guido Fioravanti telefonou aos pais cerca das 23 horas na noite do sismo de 6,3, logo a seguir ao primeiro abalo. «Lembro-me do medo na voz dela. Em outras ocasiões teriam fugido de casa naquela noite, mas acabaram por ficar depois de a comissão ter desvalorizado o risco de réplicas de maior magnitude», contou.

A defesa alegou sempre a impossibilidade de previsão de sismos de tamanha magnitude, num caso que alarmou a comunidade científica.

Mais de 5.000 cientistas assinaram uma carta aberta ao presidente italiano Giorgio Napolitano em defesa dos acusados.

Ainda não é conhecida a intenção de recorrer da decisão por parte dos acusados.
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