WikiLeaks: Assange já está no tribunal para saber se será libertado - TVI

WikiLeaks: Assange já está no tribunal para saber se será libertado

Julian Assange - Wikileaks

Terça-feira o juiz tinha decidido libertá-lo mediante o pagamento de fiança, mas o procurador recorreu

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Julian Assange, fundador do WikiLeaks já está no tribunal para saber se será libertado. A decisão por parte de um juiz britânico de libertar sob fiança o fundador da WikiLeaks foi alvo de recurso, cuja decisão será agora conhecida.

Assange nega ter cometido qualquer abuso sobre as duas mulheres que acusam de crimes sexuais e está a tentar evitar ser extraditado pela a Suécia, que emitiu um mandato de detenção internacional.

Julian Assange entregou-se às autoridades após emissão de mandado internacional de captura da Interpol sob a acusação de ter praticado dois crimes de violação sexual na Suécia. Uma das mulheres - ambas amigas e colaboradoras da WikiLeaks na Suécia - é identificada como «Miss A» e acusa-o de se ter recusado a usar preservativo numa relação sexual. A outra, «Miss W» , acusa-o de manter sexo desprotegido enquanto dormia. O australiano de 39 anos nega as violações.

O juiz Howard Riddle concedeu-lhe esta terça-feira a liberdade sob fiança e com a condição de ser novamente ouvido a 11 de Janeiro do próximo ano. Até esta data, não poderá sair do Reino Unido. Julian Assange teve de entregar o seu passaporte, deve agora apresentar-se numa esquadra policial todos os dias. Além disso, é obrigado a usar pulseira electrónica.

O fundador da WikiLeaks vai ter de ficar em casa entre as 10 e as 14 horas e entre as 22 e as 2 da madrugada.

A sua detenção causou estranheza nos meios internacionais e realizaram-se manifestações em vários países pela sua libertação. O australiano de 39 anos enfureceu os Estados Unidos com a divulgação de 250 mil telegramas diplomáticos norte-americanos, documentos que têm causado embaraço em muitos países, incluindo Portugal.

A divulgação dos telegramas diplomáticos tem recebido apoios e críticas de todo o lado, mas a detenção do fundador da WikiLeaks foi entendida como uma forma de o travar.

Além do apoio de personalidades mundiais como o presidente brasileiro Lula da Silva, houve quem se disponibilizasse a pagar a sua fiança logo após a sua detenção. Foi o caso do realizador Ken Loach, da milionária Jemima Khane do jornalista seu amigo John Pilger, que compareceram em tribunal e se ofereceram para pagar a fiança fixada em 240 mil libras.
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