Ataques na Nigéria fazem «mais de cem» de mortos

Notícia actualizada às 15:39

Vários ataques à bomba coordenados contra as forças de segurança e tiroteios causaram pelo menos cem mortos em Kano, a segunda maior cidade da Nigéria, avança fonte governamental à agência Reuters. O número de vítimas ainda não foi fixado. A agência Associated Press aponta para 120 mortos e o repórter da BBC na Nigéria refere terem existido pelo menos 150 vítimas mortais.

«Definitivamente, mais de cem pessoas foram mortas», disse a fonte, que não quis ser identificada. «Houve bombas e depois homens armados atacaram a polícia que também respondeu aos ataques», acrescentou.

Segundo descreve a agência noticiosa AFP, este sábado de manhã, as ruas da cidade estavam cheias de cadáveres.

Fonte policial indicou à AFP que «o número de mortos chega a dezenas». No hospital de Kano continuam a chegar cadáveres, disse à Reuters outra fonte.

Um jornalista da televisão local se encontrava entre os que morreram pelos disparos quando estava a fazer a cobertura dos atentados. Acredita-se que pelo menos onze oficiais de polícia se encontrem entre os mortos.

«Estou a caminhar pelas ruas de meu bairro», declarou à AFP Naziru Muhammad, um morador de Kano, muito perto do quartel da polícia, um dos alvos atacados na sexta-feira. «Entre minha casa e a esquadra, nesta rua, contei 16 cadáveres no chão, entre eles de seis polícias», explicou.

Na sequência destes ataques, foi imposto um recolher obrigatório de 24 horas nesta cidade de maioria muçulmana.

As explosões ¿ foram ouvidas cerca de uma vintena - atingiram oito esquadras policiais, escritórios de imigração e casas de habitação. Acredita-se que possa ter havido pelo menos dois bombistas-suicidas.

De acordo com a imprensa local, um alegado porta-voz do grupo islamita Boko Haram tinha já reivindicado os atentados, na sequência da negação de liberdade a vários membros detidos. Muitos ataques deste tipo no norte da Nigéria foram atribuídos ao Boko Haram.