Tony Blair sabia que Gordon Brown ia ser um «desastre» - TVI

Tony Blair sabia que Gordon Brown ia ser um «desastre»

Tony Blair «A Journey» (Reuters)

Ex-primeiro-ministro britânico admite que o álcool o ajudava nas alturas mais difíceis

Tony Blair defende a sua década no poder numas memórias publicadas esta quarta-feira e dominadas pelas duas guerras que precipitaram a sua saída em 2007: contra «o desastroso» Gordon Brown e contra «o tirano» Saddam Hussein.

«A Journey» (Uma viagem), de 718 páginas, é escrito num estilo directo e contém revelações de carácter privado, como uma inclinação para a bebida nascida do stress provocado pela rivalidade com Gordon Brown, seu ministro das Finanças durante 10 anos e seu sucessor na chefia do Governo.

«Um whisky ou um gin tónico como aperitivo e um ou dois copos de vinho, ou mesmo meia garrafa» ao jantar. Nada de «excessivamente excessivo», mas que tornou uma «muleta», escreve Blair.

Sobre a sua sucessão no cargo, o ex-primeiro-ministro britânico escreve que sabia que Brown «ia ser um desastre», porque lha faltava «inteligência emocional» e chegava a ser «exasperante».

Tony Blair fala ainda da decisão de invadir o Iraque, lamentando todas as vidas perdidas. «Não posso lamentar a decisão, só posso dizer que não adivinhei o pesadelo que se veio a tornar», disse, entre muitos elogios a George W. Bush.
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