Milhares de pessoas saíram às ruas de Tel Aviv, em Israel, no domingo, para protestar contra o primeiro-ministro Benjamim Netanyahu e aquilo que os populares consideram ser “medidas antidemocráticas” decretadas pelo governo, como o rastreamento de telemóveis de civis.
No entanto, este não foi um protesto comum, uma vez que mais de quatro mil manifestantes - entre os quais dois mil ativistas do movimento “Bandeira Negra" - garantiram o distanciamento social exigido em tempos de pandemia durante a manifestação na praça Rabin, no centro da cidade.
“[O movimento Bandeira Negra] começou com o coronavírus, quando eles [o governo] começaram a aprovar leis antidemocráticas”, afirma Tamir Hefetz, um dos organizadores do protesto, à imprensa internacional.
No país, as manifestações são permitidas, mas sob restrições. A polícia exigiu que fossem cumpridas as medidas de segurança e os ativistas tiveram de usar máscaras e de marcar cruzes no chão para garantir que o distanciamento era cumprido. Para além dos manifestantes que estiveram no local, o evento foi seguido por milhares de pessoas através das redes sociais.
“É assim que as democracias morrem no século XXI. Não são exterminadas por tanques, mas morrem porque as pessoas boas se calam. Do lado de fora, tudo parece o mesmo, mas não é mais uma democracia”, afirmam os líderes dos protestos.
הוידאו הזה שווה ציוץ מחודש.@ynetalerts pic.twitter.com/swcijMR3rI
— איתי בלומנטל Itay Blumental (@ItayBlumental) April 19, 2020
Em Israel registam-se até ao momento 14.326 doentes infetados com o novo coronavírus, 187 vítimas mortais e 4.961 pessoas totalmente recuperadas.