Milhares protestam contra diálogo com ETA - TVI

Milhares protestam contra diálogo com ETA

  • Portugal Diário
  • 24 nov 2007, 21:41

Espanha: manifestação convocada pela Associação das Vítimas do Terrorismo

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Dezenas de milhar de pessoas protestaram hoje nas ruas contra a política antiterrorista do primeiro-ministro espanhol José Luís Zapatero, que passa pelo diálogo com a ETA, numa manifestação convocada pela Associação das Vítimas do Terrorismo (AVT), noticia a Lusa.

Os manifestantes expressaram a sua recusa às negociações com a organização separatista basca ETA e exigiram a demissão do chefe do Governo, que nesta legislatura abriu uma via de diálogo com aquela estrutura terrorista.

O diálogo terminou depois do atentado do passado dia 30 de Dezembro no aeroporto de Madrid, que custou a vida a dois cidadãos equatorianos.

Empunhando bandeiras espanholas, os manifestantes exigiram a ilegalização da Acção Nacionalista Basca (ANV) e do Partido Comunista das Terras Verdes (PCTV) e a dissolução das câmaras municipais das regiões do País Basco e Navarra que são governadas por dirigentes próximos da ETA.

Ao longo do protesto, os manifestantes pediram ainda a revogação do acordo do Congresso (câmara baixa do Parlamento espanhol) que autoriza o Governo a dialogar com a ETA, caso esta organização demonstre a intenção de abandonar a violência.

A abrir uma das alas da marcha, em que não participou mariano Rajoy, líder do maior partido da oposição, o Partido Popular (PP), os manifestantes transportavam um pano em que se podia ler «Por um Futuro em Liberdade», em que se integravam os dirigentes da AVT, enquanto na segunda ala o pano que era transportado tinha inscrito «Juntos, derrotemos a ETA», em que se reuniam dirigentes do PP.

Mariano Rajoy esteve presente, de manhã, num comício convocado pelo PP em Almeria, Sul do país, em que declarou que o partido que lidera está «como sempre» com as vítimas, de quem disse que «lutam pela causa mais importante que um ser humano pode defender».

A cerca de três meses e meio das próximas eleições, o líder do PP apelou ao voto no seu partido, como única alternativa capaz de fazer frente ao Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE, no poder).
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