Guantánamo: ministros querem «abordagem comum» - TVI

Guantánamo: ministros querem «abordagem comum»

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Para salvaguardar a autonomia de cada Estado-membro

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Os ministros europeus da Justiça e do Interior defenderam esta segunda-feira a necessidade de uma «abordagem comum» na União Europeia que salvaguarde a autonomia de cada Estado-membro em relação ao acolhimento de detidos de Guantánamo, informa a Lusa.

Os ministros «reafirmaram a utilidade de uma abordagem comum que salvaguarde a autonomia de cada Estado-membro quanto à possibilidade de acolhimento de alguns dos ex-detidos», refere o Ministério da Administração Interna (MAI) português, num comunicado emitido no final da reunião dos responsáveis pela Administração Interna e Justiça da UE no Luxemburgo na qual foi debatida a questão dos detidos de Guantánamo.

Segundo o MAI, a questão dos detidos de Guantánamo vai continuar a ser equacionada pela presidência Checa e pela Comissão Europeia e será reavaliada na próxima reunião dos ministros da Justiça e do Interior, marcada para 04 e 05 de Junho.

Até agora, seis países da UE - Portugal, Espanha, França, Irlanda, Reino Unido e Itália - manifestaram abertura para receber detidos, mas a questão divide a UE: Áustria, Dinamarca, Suécia, Holanda e República Checa recusaram.

Para a Amnistia Internacional (AI), «não faz sentido» esperar por um consenso entre os Estados-membros da União Europeia.

«Os Estados que se recusaram a receber detidos de Guantánamo, provavelmente já não vão mudar de opinião», disse à Agência Lusa Pedro Krupenski, director da Amnistia Internacional em Portugal, adiantando que «não se vislumbra grande vantagem em reunir consenso europeu».

O responsável defendeu que a decisão do acolhimento deveria ser tomada bilateralmente entre os Estados que já manifestaram intenção de receber prisioneiros e os Estados Unidos.

No caso português, Pedro Krupenski disse que há seis detidos que «não podem voltar aos países de origem» e «já manifestaram intenção em vir para Portugal». «Os Estados Unidos deveriam facultar informações a Portugal e negociar bilateralmente a melhor forma de virem para» o país, sublinhou.
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