O Tribunal Judicial Provincial de Tete, no centro de Moçambique, começou esta segunda-feira a julgar nove acusados de envolvimento na morte, em 2006, do padre brasileiro Waldir dos Santos e da leiga portuguesa Idalina Neto Gomes, escreve a Lusa.
No assalto, ocorrido na Missão Católica de Fonte Boa, no distrito de Tsangano, a 250 quilómetros de Tete, capital da província com o mesmo nome, ficaram também feridos um leigo português, um religioso moçambicano e um guarda.
No banco dos réus, estiveram hoje sentados Horácio Maria Sande, Feston Phalusso, Joaquim António Nicoroa, Filipe Rafael Policarpo, Adolfo Beúla, Khalid Mahomed e Benjamim Roque, enquanto os réus Jones Abrahum Gwizira e Beston Massie, ambos cidadãos do Malaui, estão a ser julgados à revelia, por se encontrarem a monte, desde o duplo homicídio.
Três dos réus foram recapturados depois de o tribunal ter voltado atrás na sua decisão de os mandar em liberdade, alegando, então, insuficiência de provas.
Segundo a acusação, os réus assaltaram a referida missão, com o intuito de roubar, tendo de lá retirado uma viatura Toyota Hilux e dinheiro no valor de seis mil euros, depois de terem ferido o guarda com uma arma branca.
A viatura veio a ser recuperada e devolvida pela polícia do Malaui, país que faz fronteira com a província de Tete.
O «crime da Fonte Boa», como é conhecido o processo do duplo homicídio abalou o pacato distrito de Tsangano, suscitando uma enorme expectativa no julgamento que esta segunda-feira começou.
Suspeitos de morte de portuguesa em julgamento
- Portugal Diário
- 20 ago 2007, 18:00
Moçambique: crime também provocou a morte de um padre brasileiro e feriu mais três pessoas
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