África do Sul: soldado mata homem a tiro

Um soldado sul-africano abateu a tiro, nos arredores de Joanesburgo, um homem que alegadamente apontou uma arma ao militar, anunciou este sábado o departamento de Defesa, segundo o News24, citado pela Lusa.

O serviço de notícias sul-africano on-line News24 adianta que o incidente ocorreu sexta-feira à noite quando a Força Nacional de Defesa sul-africana (SANDF) auxiliava, pela primeira vez desde 1994, a polícia em operações de busca e detenção, na sequência dos ataques xenófobos que já mataram pelo menos 42 pessoas.

Segundo o exército, o homem que foi abatido pelo militar, em East Rand, subúrbio mineiro do leste de Joanesburgo, estava a atacar uma mulher.

Alguns elementos do exército viram um homem a atacar uma mulher e aproximaram-se do local. O homem apontou a arma a um soldado, que terá disparado, em auto-defesa, adianta o exército.

Investigações preliminares indicam que a arma do homem abatido tinha sido roubada num assalto, em Springs, em Outubro de 2004.

Esta semana, o Presidente sul-africano, Thabo Mbeki, deu «luz verde» para a SANDF avançar na luta contra os ataques xenófonos a estrangeiros, na província de Gauteng.

Hoje, o departamento de Defesa afirmou que qualquer perda de vida humana é de lamentar.

Os ataques xenófobos, que começaram a 11 de Maio num bairro pobre de Joanesburgo e que se propagaram para outros bairros em sete das nove províncias do país, fizeram pelo menos 42 mortos, centenas de feridos e mais de 17.000 deslocados, segundo fontes oficiais.

Os estrangeiros, dos quais três milhões de zimbabueanos, fugiram da crise no país de origem, e são acusados na África do Sul de roubar os empregos aos nacionais e de contribuir para a criminalidade.