Maduro acusa Colômbia de ordenar ataque de que foi alvo - TVI

Maduro acusa Colômbia de ordenar ataque de que foi alvo

  • SS
  • 5 ago 2018, 09:49

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou o seu homólogo colombiano, Juan Manuel Santos, de ter ordenado o ataque de que foi alvo este sábado, que provocou sete feridos. A presidência da Colômbia já reagiu, refutando a acusação. Entretanto, o Movimento Soldados de Flanelas (MSF) reivindicou o atentado no Twitter

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou o seu homólogo colombiano, Juan Manuel Santos, de ter ordenado o alegado ataque de que foi alvo este sábado, que provocou sete feridos.

Tudo aponta para a extrema-direita venezuelana, em aliança com a extrema-direita colombiana e tenho a certeza que Juan Manuel Santos está por detrás deste atentado", denunciou Maduro, durante um transmissão televisiva ao país este sábado, desde o palácio presidencial de Miraflores.

O presidente da Venezuela afirmou que o seu homólogo colombiano, Juan Manuel Santos, vai abandonar a presidência do país, no dia 7 de agosto e que não podia deixar o poder "sem fazer dano" ao seu país.

Tratou-se de um atentado para me matar. No dia de hoje (sábado) tentaram assassinar-me. As investigações apontam a Bogotá", disse.

A presidência da Colômbia já reagiu, refutando a acusação.

Isso não tem funamento, o presidente está empenhado no batismo da sua neta Celeste e não em derrubar governos estrangeiros", disse uma fonte da presidência colombiana aos jornalistas, este sábado.

Entretanto, o Movimento Soldados de Flanelas (MSF) reivindicou o atentado no Twitter.

A operação era voar dois drones (aviões não tripulados), carregados com C4 (explosivos). O objetivo era o palco presidencial. Os atiradores da guarda de honra (encarregada da segurança presidencial) derrubaram os drones antes de chegar ao objetivo. Hoje não conseguimos, mas é uma questão de tempo", considerou o MSF.

O atentado demonstrou que o governo de Nicolás Maduro "é vulnerável", acrescentou o grupo.

O MSF é um grupo subversivo criado em 2014 e que pretende agrupar todos os "grupos de resistência" venezuelanos, para fazer uma "efetiva luta contra a ditadura, com organização e convicção".

Duas explosões, aparentemente provocadas por um 'drone' [avião não tripulado], obrigaram o presidente da Venezuela a abandonar rapidamente uma cerimónia de celebração do 81.º aniversário da Guarda Nacional Bolivariana (polícia militar).

O ato, que decorria na Avenida Bolívar de Caracas (centro), estava a ser transmitida em simultâneo e de maneira obrigatória pelas rádios e televisões venezuelanas e no momento em que Nicolás Maduro anuncia que tinha chegado a hora da recuperação económica ouviu-se uma das explosões, que fez inclusive vibrar a câmara que focava o chefe de Estado.

Nesse instante, a mulher do presidente venezuelano, Cília Flores, e o próprio chefe de Estado olharam para cima.

Antes da televisão venezuelana suspender a transmissão foi possível ainda ver o momento em que militares rompiam a formação.

"As investigações estão muito avançadas" e já "foram capturados parte dos autores materiais do atentado e capturada parte da evidência [drone]", afirmou o presidente venezuelano.

Por outro lado, Maduro disse esperar que presidente norte-americano, Donald Trump, entre outros, colaborem com a Venezuela, porque, segundo o líder venezuelano, as primeiras investigações indicam que vários dos responsáveis intelectuais e financeiros do atentado vivem na Florida.

Espero ter a colaboração dos governos do continente, onde estão parte destes redutos da extrema-direita fascista", frisou.

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