Breivik confessa crimes «monstruosos, mas necessários»

Anders Behring Breivik, o homem acusado de levar o terror à Noruega, já assumiu a «monstruosidade» dos seus actos, confessando que foi o autor dos dois atentados que fizeram até ao momento 93 mortos, no pior ataque que o país sofreu desde a II Guerra Mundial.

Behring Breivik, 32 anos, «admitiu a sua responsabilidade», revelou o advogado Geir Lippestad ao canal de televisão NRK. Nas declarações efectuadas à polícia o norueguês afirmou que as suas acções foram «monstruosas, mas necessárias». O advogado explicou ainda que Breivik vai ser ouvido em tribunal já esta segunda-feira e que foi o próprio que disse que nessa audiência irá dar mais explicações sobre os seus actos.

O norueguês que não resistiu à detenção depois de ter assassinado 85 pessoas na ilha de Utoeya, preparou os atentados desde 2009 e diz que actuou sozinho. Este sábado foi revelado um manifesto de 1500 páginas, onde o autor explica as razões que o levaram a cometer o massacre e descreve o plano que tinha em mente.

No documento, o homicida chega a mesma a admitir que ficará conhecido como «o maior monstro desde a II Guerra Mundial». Mas não foi só o manifesto que o «monstro» deixou. No YouTube esteve disponível por breves momentos, um vídeo de 12 minutos feito pelo norueguês.

Na produção, que está agora inacessível, o autor explica as suas razões e pede que «abracem o martírio», enquanto proclama contra o islão, o marxismo e o multiculturalismo. Breivik intitula-se como um cavaleiro dos Templários e deixe a sua homenagem às cruzadas da Idade Média.

Nas imagens é ainda possível ver o homicida confesso a posar com um fato de mergulho e a empunhar uma arma automática. Anders Behring Breiving classifica o islamismo como a «principal ideologia genocida».

O vídeo está dividido em quatro capítulos «O auge do marxismo cultural», «A colonização islâmica», «A esperança» e «A renovação». O vídeo, que mostra alguma produção com várias imagens de ilustração dos assuntos abordados, resume o manifesto que inclui ainda um manual sobre como fabricar bombas.

Noventa e dois mortos, 97 feridos e um número indeterminado de desaparecidos é o último balanço dos dois ataques sexta-feira na Noruega.

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