«Não quero que ninguém tenha ilusões e não como não sou visto como uma pessoa ingénua, temos um longo caminho a percorrer para a paz»
Petro Poroshenko alertou ainda, segundo a Reuters, que «ninguém tem uma forte crença de que as condições de paz assinadas em Minsk sejam implementadas de forma estrita».
A Rússia disse, entretanto, que espera que o acordo seja respeitado. As declarações são do porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov:
«Desta vez, o acordo foi apoiado ao mais alto nível e esperamos que todas as partes respeitem os seus compromissos»
O mesmo porta-voz já tinha explicado, antes, que a Rússia queria um cessar-fogo imediato com a Ucrânia e que o prazo de domingo de manhã foi acordado em Minsk por pressão dos líderes rebeldes.
Putin, Poroshenko, o Presidente francês François Hollande e a chanceler alemã Angela Merkel deverão falar por telefone no sábado à noite, adiantou ainda, segundo a Reuters.
Por agora, o clima de guerra continua. Três civis e oito soldados morreram em confrontos nas últimas 24 horas , de acordo com fontes do governo ucraniano e das forças rebeldes.
Horas depois do acordo ter sido anunciado, um porta-voz militar de Kiev revelava que, durante a noite , cerca de 50 tanques, 40 sistemas de mísseis e 40 veículos blindados cruzaram, durante a noite, a fronteira da Rússia para o Leste da Ucrânia.
O presidente do Conselho Europeu disse, logo na quinta-feira, que a União Europeia está pronta para tomar novas medidas em relação à Rússia, de modo a pressionar Moscovo a cumprir o acordo de cessar-fogo. Donald Tusk afirmou mesmo que a UE poderá impor novas sanções económicas , se necessário.