Portugueses marcham na Venezuela

Vários portugueses marcharam este sábado em Caracas, silenciosos, junto a milhares de pessoas contra a nova Lei Orgânica de Educação, alguns dos venezuelanos que participaram na marcha agradeceram a sua presença e pediram que em Portugal entendam a sua luta.

«Obrigado aos portugueses e que nos entendam. É difícil entender a Venezuela com um presidente que tanto empresta dinheiro ao exterior. Somos um país que está a lutar para manter essa liberdade que vocês têm e essa democracia que vocês têm», disse Liliana Hernández do partido político Um Novo Tempo à agência Lusa.

«Não temos problemas com o socialismo (¿) se há respeito pelo indivíduo e não se impõem as coisas, mas que sejam produto do consentimento da gente», frisou.

Por outro lado, vincou: «continuamos marchando na Venezuela, isto não é um início de marcha e há que deixar isso bem claro. Acumulou-se uma série de coisas que têm que ver com o encerramento de emissoras de rádio, a ameaça de encerramento de canais de televisão (¿) a insegurança, os mortos de cada fim-de-semana e agora a Lei Orgânica de Educação».

«Porque é que uma lei de educação gera tanto conflito?», interrogou Liliana Hernández. «Se (o colégio) é católico, hebreu, protestante, ou mulçulmano, isso decide você e tem absoluta liberdade para formar o seu filho, se quer estudar português e espanhol, ou português e francês ou inglês, essa liberdade é a que nos estão a limitar com esta lei», frisou.