Venezuela: 5 portugueses sequestrados numa semana - TVI

Venezuela: 5 portugueses sequestrados numa semana

Eleições regionais na Venezuela

Dois deles continuam ainda em cativeiro. De um, a família nada sabe desde domingo

Relacionados
Pelo menos cinco cidadãos portugueses foram sequestrados nos últimos oito dias na Venezuela e dois deles permanecem ainda em cativeiro, revelaram esta terça-feira à Agência Lusa fontes da comunidade portuguesa radicada no país.

O caso mais recente teve lugar na tarde de domingo, na cidade de Acarígua, a Sudoeste de Caracas, quando desconhecidos interceptaram uma cidadã portuguesa de 42 anos, que saía de uma agência de viagens, no Centro Comercial Cristal. «Quarenta e oito horas depois, a família continua sem ter notícias, à espera de um contacto dos raptores», disse uma das fontes, que manifestou indignação pela «cada vez maior insegurança no país».

Sexta-feira, desconhecidos interceptaram também um comerciante português em La Rosa, Valência (200 quilómetros a Oeste de Caracas), Estado de Carabobo, quando saía do supermercado de que é proprietário. «Os familiares estão preocupados pela sua integridade física e porque é uma pessoa que tem alguns problemas de saúde», disse uma outra fonte à Agência Lusa.

Em Caracas, desconhecidos sequestraram, quinta-feira, um madeirense de 60 anos, quando saia do Mercado Maior de Coche (a Sul da capital) onde fora comprar verduras. «Ele saia do mercado quando recebeu um forte golpe, na bagageira do carro, de um veículo mais resistente que o dele. Quando abriu a porta para ver o que tinha acontecido, foi ameaçado de morte por vários indivíduos armados», revelou à Agência Lusa uma fonte próxima da família.

Segundo a mesma fonte, o madeirense foi obrigado a subir para o veículo dos raptores que circularam pela cidade durante duas horas. «Como não tinha dinheiro, deram-lhe uma tareia. Depois, deixaram-no perto de um pequeno restaurante de um filho, que disseram saber quem era. Entregaram-lhe o carro e advertiram que, na próxima vez, as coisas seriam diferentes», contou a fonte citada pela Lusa.



Foi também à saída do Mercado de Coche que dois outros comerciantes portugueses foram vítimas de um «sequestro expresso», na semana passada. Segundo vendedores do mercado, foram libertados depois de chegarem a um acordo com os raptores quanto ao pagamento de um resgate.

Os vendedores denunciam que «os dias mais perigosos são às quintas e sextas-feiras, porque os comerciantes vão aos bancos e levantam altas somas em dinheiro para pagamento a fornecedores».
Continue a ler esta notícia

Relacionados